Prefeitura discute as condicionalidades do Bolsa Família em reunião intersetorial

Assistência Social e Cidadania
04/09/2019 20h22

O Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do país, e pela sua abrangência, a gestão do benefício é compartilhada entre as secretarias municipais da Assistência Social, Saúde e Educação. Pensando em afinar as relações entre esses diferentes setores que coordenam o programa, foi realizada, nesta quarta-feira, 3, a “3ª Reunião Intersetorial do Bolsa Família”, no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Jardim Esperança, situado no bairro Inácio Barbosa.
 
Essas reuniões têm o objetivo de aproximar todos os atores que participam e monitoram as condicionalidades exigidas para a manutenção do benefício para os usuários, como a frequência escolar dos alunos, a vacinação completa e o acompanhamento pré-natal de beneficiários do programa. 

Segundo Yolanda Oliveira, coordenadora de políticas sociais e transferência de renda da Secretaria Municipal da Assistência Social, esse encontro é para afinar as relações entre as pessoas que lidam diretamente com o programa. "Para que esses atores, que trabalham com essas condicionalidades, conheçam como funciona esse monitoramento”, afirma Yolanda.
 
A gerente de transferência de renda da Assistência Social da capital sergipana, Rosângela Theobald, pontou que os encontros são necessários, faz com que os diversos profissionais estejam engajados e fortalecem o trabalho desenvolvido em prol do  cumprimento das condicionalidades. “O que queremos com essas reuniões é justamente apresentar os nossos resultados, analisar os avanços e desafios com o intuito de fazer com que esse trabalho intersetorial funcione de fato”, reforçou Rosângela. 

A cada dois meses há encontros entre as secretarias para compartilhar as dificuldades que esses atores encontram e, também, para definir as estratégias de monitoramento dessas condicionalidades exigidas para a manutenção do benefício. Esse comitê intersetorial de supervisão se reúne bimestralmente, mas o controle é feito diaramente. 
 
De acordo com a coordenadora das Condicionalidades do Bolsa Família da  Secretaria da Saúde, Sindaya Belfort, apesar de parecer uma tarefa fácil ainda existem algumas dificuldades, principalmente no que se refere à identificação do beneficiário do programa durante o atendimento nos serviços prestados pela Saúde. “Por incrível que pareça, muitas pessoas que vão à unidade de saúde se omitem e não se sentem confortáveis em dizer que recebem o Bolsa Família. A família pode até estar sendo acompanhada pela Saúde, uma das condicionalidades estabelecidas pelo governo federal, mas ela não nos informa. Quando isso acontece, acaba prejudicando o nosso trabalho de controle”, explicou.