Outubro Rosa: ofertada nas 45 UBS de Aracaju, mamografia não tem fila de espera na capital

Agência Aracaju de Notícias
01/10/2019 09h00

Além do trabalho desenvolvido durante todo o ano, de atividades voltadas à saúde da mulher, a Prefeitura de Aracaju, no âmbito do movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, o Outubro Rosa, reforça durante todo este mês as ações de prevenção dessa doença, que pode ser diagnosticada, precocemente, a partir da mamografia, exame disponibilizado em todas as 45 unidades básicas de saúde (UBS) de Aracaju, para o qual não há fila de espera.

O câncer de mama é uma das principais causas de morte de mulheres no país e, em Aracaju, de acordo com Instituto Nacional do Câncer (Inca), somente no ano passado, estima-se que 240 mulheres possam ter sido diagnósticas com a doença.

Apesar de haver uma série de fatores de risco, a prevenção e o diagnóstico precoce ainda são as melhores formas de garantir qualidade de vida, como destaca a coordenadora da Rede de Programas de Vigilância e Atenção à Saúde (RPVAS) de Aracaju, Cristiane Ludmila.

“Por ocasião do Outubro Rosa intensificamos as ações de prevenção ao câncer de mama e de colo do útero em todas as Unidades Básicas de Saúde do município. Mas, estas ações de prevenção a estes cânceres são realizadas durante todo o ano. Umas das grandes questões do câncer de mama é o diagnóstico precoce, por isso, é necessário alertar que quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores serão as chances de cura”, enfatiza Ludmila.

A coordenadora da Rede de Programas de Vigilância e Atenção à Saúde salienta, ainda, que, para o diagnóstico em tempo hábil para a cura, as mulheres de 50 a 69 anos devem fazer mamografias de rastreamento a cada dois anos, segundoe recomenda o Ministério da Saúde.

De acordo com Cristiane Ludmila, em 2018 foram realizadas 13.100 mamografias pela rede municipal de saúde de Aracaju e, até o primeiro semestre deste ano, outros 6.900 já foram realizados. No entanto, embora pareça um número expressivo, a coordenadora ressalta que ainda é pouco.

“Vamos colocar que são, aproximadamente, mil exames por mês. No entanto, o ideal seria que fosse quatro vezes mais do que isso, então, a procura ainda é baixa e isso nos preocupa. Durante todo o ano, realizamos encontros, palestras e as equipes de saúde sempre reforçam a necessidade desse cuidado, porém, uma das causas que leva as mulheres a não realizarem o exame é o medo. É um tanto contraditório, mas, o receio de encontrar algum problema muitas vezes impede a mulher de recorrer a um médico. É preciso quebrar essa ideia e alertar que quanto mais cedo se descobre um problema, mais cedo ele pode ser solucionado, sem maiores danos”, alerta.

A coordenadora destaca, também, a importância de a mulher conhecer o seu corpo, pois, explica, é preciso que se realize a autopalpação/observação das mamas. “Isso pode ocorrer durante o banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano, e não há nenhuma técnica específica, apenas atenção para qualquer alteração nas mamas. Caso seja percebida essa alteração suspeita deve procurar a UBS [Unidade Básica de Saúde] do seu bairro”, afirma.

Aracaju possui 45 UBS e são nesses equipamentos da Saúde que a mulher deve se dirigir. “Todo o tratamento deve começar pela unidade básica. De lá, a paciente é encaminhada para as especialidades médicas e para os exames necessários. Em caso de alteração nos exames, as mulheres são encaminhadas para o mastologista no Cemar Siqueira Campos”, esclareceu Cristiane Ludmila.

Ainda de acordo com a coordenadora, a prática regular de atividade física já foi cientificamente comprovada como um fato que reduz a incidência desse tipo de câncer e também as recidivas em mulheres que já tiveram a doença.

“Na SMS temos uma importante estratégia para a prevenção do câncer de mama, por meio dos pólos da Academia da Cidade distribuídos pela capital. Nestes, oferecemos atividades físicas diárias com profissionais habilitados e criativos para tornarem as aulas divertidas e motivantes, além de todo o aparato nas UBS, no sentido de esclarecer e fazer os devidos encaminhamentos. Portanto, existe assistência e, sobretudo, apoio. O que não pode haver é o descuido por parte das mulheres”, concluiu.