O prefeito Edvaldo Nogueira acompanhou, na tarde deste domingo, 13, em São Cristóvão, a missa em homenagem à Santa Dulce dos Pobres, primeira santa brasileira. A celebração à Irmã Dulce, que foi canonizada neste domingo pelo Papa Bento XVI, ocorreu na Igreja dos Carmelitas e foi realizada pelo arcebispo metropolitano de Aracaju, Dom João José Costa. O governador Belivaldo Chagas, o prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana, e o senador Rogério Carvalho, também participaram da missa.
Durante a celebração, o prefeito Edvaldo Nogueira anunciou que está trabalhando em conjunto com o governador, com o prefeito de São Cristóvão e com o arcebispo para a realização de uma peregrinação entre Aracaju e São Cristóvão em celebração à Santa Dulce dos Pobres. A capital sergipana é a primeira cidade do mundo a ter uma paróquia com o nome da Santa, e São Cristóvão é o local onde Dulce iniciou sua missão religiosa.
“Este é um momento muito especial para todos nós, católicos sergipanos. A primeira Santa brasileira é nordestina e iniciou sua caminhada de fé em nosso Estado. Com a canonização da Irmã Dulce, Aracaju tem a primeira paróquia dedicada à Santa no mundo, e São Cristóvão foi o local onde ela decidiu a fé e confirmou seu compromisso com Deus. Então nós - eu, o governador Belivaldo, o prefeito Marcos e o arcebispo - nos reunimos e começamos a discutir a criação de uma peregrinação entre a paróquia na Aruana e São Cristóvão, para fazermos um caminho de fé, um momento muito especial para todos”, afirmou Edvaldo.
Dom João José Costa se disse “muito feliz” com o projeto da peregrinação e ressaltou sua emoção com a canonização de Irmã Dulce. “Nosso coração está batendo mais forte pela beatificação de Santa Dulce dos Pobres. É um momento de grande emoção e gratidão a Deus. Aqui em Sergipe, ela descobriu que seu caminho de consagração de vida a Deus. Ela é a doce irmã que Sergipe consagrou. E seu primeiro milagre reconhecido é justamente de Sergipe. Além disso, a primeira paróquia totalmente dedicada a Irmã Dulce foi erguida em Aracaju. Então eu sei que ela vai olhar por todos, mas terá um carinho especial pelos sergipanos. O Brasil católico está em festa. Louvamos a Deus por tudo isto”, declarou.
Da mesma forma, o governador destacou sua emoção por participar da primeira missa em homenagem à Santa Dulce após sua canonização. “Hoje aos 13 dias do mês de outubro, eu tenho um prazer de estar aqui em São Cristóvão assistindo essa primeira missa, exatamente em São Cristóvão onde ela escolheu, a partir daqui, tornar-se freira, e dedicar-se, portanto, a toda essa vida que ela levou. A partir daqui ela foi a Salvador, fez um trabalho social muito grande e hoje, para o prazer de todos nós brasileiros, ela se torna a primeira santa brasileira, Santa Irmã Dulce dos Pobres”, comemorou.
História
Maria Rita de Souza Bispo Lopes Pontes iniciou sua formação religiosa em São Cristóvão, aos 19 anos. Ela assumindo o nome "irmã Dulce" em homenagem à mãe (Dulce), que havia perdido aos sete anos de idade. Seu pai, Augusto Lopes Pontes, era dentista e professor universitário em Salvador. Irmã Dulce começou a acolher pessoas necessitadas em sua casa aos 13 anos, antes mesmo de se tornar freira. Sua casa, no bairro de Nazaré, se transformou um centro de atendimento para doentes e pessoas em situação de rua, e ficou conhecida como "A Portaria de São Francisco". Irmã Dulce se formou como professora em 1933, mesmo ano em que entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão.
“Irmã Dulce tem sua história ligada ao município de São Cristóvão, cidade com uma tradição religiosa forte. Irmã Dulce é personagem forte em nossa construção histórica, iniciou sua vida religiosa aqui e deixou um legado de fé e de doação ao próximo que até hoje está presente no Convento do Carmo. É uma honra estar prefeito de São Cristóvão nesse momento. A ideia agora é concretizar o caminho de Santa Dulce de Aracaju até São Cristóvão”, afirmou o prefeito Marcos Santana.
Fotos: Ana Lícia Menezes/PMA
