Mutirão de castração animal promovido pela Prefeitura favorece o controle de doenças

Saúde
06/11/2019 17h45

Atenta às questões de saúde pública e ao controle populacional dos animais, a Prefeitura de Aracaju, por meio do Centro de Controle de Zoonose (CCZ), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), segue com o cronograma de castrações coletivas.

Após o cadastro e consulta dos animais do bairro Jardim Centenário, o CCZ encaminhou nesta quarta-feira, 6, 50 gatos para castração no Hospital Veterinário Dr. Vicente Borelli, fruto do convênio firmado entre a Prefeitura e a Faculdade Pio Décimo.

A responsável técnica pelo Castramóvel, Cíntia Freire, explica que os animais são acolhidos por volta das 8h e devolvidos aos tutores às 11h. Nesse espaço de tempo, o animal é anestesiado, após o efeito da anestesia é realizada a tricotomia [retirada dos pelos do local a ser operado], para, em seguida, o procedimento cirúrgico ser iniciado.

“A cirurgia em si leva uns 10 minutos, e todos os animais são medicados com antibiótico, anti-inflamatório e analgésico. Também prescrevemos esses medicamentos para o pós-operatório em casa, por prevenção. Nesse processo, o animal precisa tomar antibiótico por sete dias, antiinflamatório por três dias e analgésico nos dois primeiros dias. Além disso, o tutor precisa fazer limpeza da ferida nos três primeiros dias”, orienta Cíntia.

Ela ainda reforça que é importante evitar que o animal passe a língua no ferimento, o que pode levar a uma infecção. Para que isso não aconteça, a orientação é utilizar o colar elizabetano [que se assemelha a um cone]. “O animal deve ter uma rotina normal no pós-operatório, e em cinco dias ele está completamente recuperado”, frisou a responsável técnica do Castramóvel.

Controle populacional
O diretor do Hospital Veterinário, Emerson Israel Mendes declarou estar bastante satisfeito com o convênio firmado em 2018 entre a Prefeitura de Aracaju e a Faculdade Pio Décimo, que prevê ações ligadas ao Castramóvel, ao tempo em que também contempla campanhas de castrações coletivas dentro do Hospital Veterinário.

“E essa parceria é importantíssima para o controle populacional desses animais, e é uma questão de saúde pública, além de favorecer também a questão da política ambiental, bem-estar animal e controle de doenças. Percebo com alegria que, nos últimos 12 meses, o volume de animais atendidos tem aumentado e a ideia é que prossiga e se reforce a quantidade de voluntários, que as pessoas cadastradas compareçam, priorizem a vida animal”, considerou Emerson.

Após o cadastro na UBS Onésimo Pinto, no bairro Jardim Centenário, Daiane Melo, junto com a filha Mirelle Jasmine, levou os gatos Frajola e Tom para castração. “Trouxe dois gatos, mas o Frajola não pode ser castrado, por ter apenas um testículo, e seria necessário outro tipo de cirurgia. Resolvi me cadastrar para castrar os meus gatos porque recebi a orientação de que isso ajuda na qualidade e no tempo de vida deles, além disso, eles ficam mais tranquilos, sem fugir de casa”, explicou.

Rose Santos, tutora do gato Galego, disse que ganhou o animal da tia Djalma, e que a mesma fez o cadastro para a castração. “Minha tia tem muito gatos e já fez castração de vários deles pelo serviço da Prefeitura, inclusive ela quem cadastrou Galego para castrar. Ele é muito danado, sai muito de casa para procurar as gatas. Espero que depois da cirurgia ele fique mais caseiro”, comentou.