Para melhor atender às pessoas surdas, Prefeitura oferta curso de Libras a servidores

Planejamento e Orçamento
13/11/2019 16h52

Mais do que motivar os servidores municipais a inovarem no ambiente de trabalho, a Prefeitura de Aracaju promove a acessibilidade das pessoas com deficiência a partir da melhoria do atendimento prestado a essas pessoas. Desta forma, e com o objetivo de executar um dos pilares do Planejamento Estratégico, que é transformar a capital sergipana numa cidade cada vez mais humana, a Escola de Governo e Administração Pública (Esgap) realizou, nesta quarta-feira, 13, o Curso Básico de Língua Brasileira de Sinais (Libras).

"Vários setores da sociedade recebem surdos, mas, nem sempre sabem se comunicar com eles. Então, essa ação pode ajudar bastante a comunicação entre o servidor e o público com surdez, pois, ao chegar em determinado lugar, vai ter alguém para atendê-lo normalmente, assim como um ouvinte tem”, explicou, em Libras, a instrutora do curso, Laís Helena Oliveira, que é surda.

A intérprete do curso foi Luciana Daltro. Corroborando com Laís Helena, ela disse que "a ideia foi ensinar para os servidores municipais uma base sobre a Libras, para que eles possam aprender a se comunicar melhor com os surdos, uma vez que estes necessitam de auxílio em todos os setores da sociedade. Aprendendo a língua de sinais, os funcionários da Prefeitura podem ajudar bastante as pessoas surdas”. Luciana é professora e pós-graduada em Libras e esteve auxiliando a instrutora durante toda a manhã.

Luciana também pontuou que, quanto mais se aprende uma nova língua, maior é a comunicação entre os indivíduos. "Isso é muito importante porque ajuda a socializar e se integrar na sociedade, já que tem uma língua totalmente diferente da nossa, a do ouvinte. Por isso, é fundamental que mais pessoas aprendam, para ajudarem os surdos a interagirem com os outros e em tudo que eles necessitam”, explicou.

De acordo com a assistente social da Unidade Básica de Saúde (UBS) Humberto Mourão, Paula Costa, o curso foi muito agregador para a sua carreira profissional, uma vez que ela vai saber lidar melhor com pacientes surdos. “Achei o evento muito válido, inclusive, deve ser repetido em outros módulos, para podermos nos aprofundar mais sobre o assunto e qualificar o nosso atendimento. Nós temos esse movimento de inclusão e, para tanto, é preciso estar preparados para poder atender o público surdo”, disse.

A gerente da UBS do Augusto Franco, Luci Carneiro, achou a atividade necessária, principalmente para os profissionais que trabalham na área da saúde. "Esse curso está sendo ótimo, precisamos muito disso. Nos  interessamos  porque temos muitos pacientes com deficiência auditiva e não sabemos como conversar, então, está sendo muito bom participar. Até por eu também ser professora, sempre tive interesse nessa língua”, relatou.