Prefeitura apresenta estudo sobre coleta e destino do resíduo do coco em Aracaju

Serviços Urbanos
18/11/2019 12h50

Na manhã desta segunda-feira, 18, representando a Prefeitura de Aracaju, o presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Luiz Roberto Dantas participou da Oficina Resíduo do Coco – de Problema Ambiental a Oportunidade de Negócios. O evento foi promovido pela Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) -Tabuleiros Costeiros.
 
A participação da Emsurb nesta oficina é resultado do trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Aracaju, no tocante às ações de fiscalização e conscientização ambiental entre os comerciantes, geradores desse tipo de resíduo na cidade.

O objetivo do encontro é promover a discussão e o debate em torno da problemática ambiental provocada pelo resíduo do coco, na perspectiva da sustentabilidade que envolve toda a cadeia. 

Durante a oficina, Luiz Roberto conduziu o painel com a temática Coleta e Destino do Resíduo do Coco no município de Aracaju. Em sua explanação, ele apresentou aos participantes os resultados de um estudo detalhado, feito pela Diretoria de Operações da Emsurb, sobre o quantitativo de descarte do casco de coco verde na capital.
 
O levantamento, que teve como objetivo identificar os pontos de venda, principalmente os grandes geradores, conhecer o volume de resíduos produzido e coletado no município e elaborar um mapa com a localização geográfica dos comerciantes de água de coco verde identificados, possibilitou à empresa municipal alinhar e  intensificar as ações de conscientização de forma a atender a Lei Municipal N° 1.721, de 18 de julho de 1991, do Código de Limpeza Urbana e Atividades Correlatas.

“Com a análise dos dados, identificamos uma das causas que impactavam o tempo de coleta do lixo domiciliar da cidade, o que levou a Emsurb a tomar medidas como a suspensão do recolhimento dos resíduos dos grandes geradores, cumprindo o que determina a lei, fazendo somente a dos pequenos e médios geradores. A destinação dos resíduos, quando não vai pro aterro sanitário, segue para algum local inadequado. Por isso, eventos desta natureza são extremamente relevantes na busca de alternativas que gerem menos impacto ao meio ambiente, no que diz respeito ao descarte de resíduos sólidos”, destacou Luiz.

Na capital, de acordo com o estudo, foram identificados 87 pontos de venda de coco, sendo 30 de grandes geradores, ou seja, que produzem um volume que excede o peso fixado para a coleta regular, até 200 kg diários ou 400 kg em dias alternados. Os bairros que apresentaram maior concentração de locais de venda do produto foram Atalaia, Aeroporto, Coroa do Meio, Centro, Farolândia e região da Zona de Expansão. 

“A cidade de Aracaju possui um número expressivo de comerciantes de coco verde, que produzem por semana uma média 190 toneladas de resíduos. Este montante acaba prejudicando a coleta domiciliar, além de onerar os custos com a limpeza pública em cerca de 900 mil reais por ano, o mesmo quantitativo gasto para outros serviços realizados pela Emsurb, como a limpeza dos canais”, concluiu o presidente.

Nos últimos anos, segundo o presidente da Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease), Fernando Andrade, o consumo de água de coco cresceu muito nas cidades localizadas na faixa litorânea, o que representa apenas 15% de tudo o que pode ser aproveitado desse fruto, gerando um acúmulo grande de resíduos da casca do produto.
 
"Por conta disso, resolvemos realizar essa oficina com a participação dos segmentos envolvidos, com o intuito de nivelar as ações pertinentes a essa problemática”, enfatizou Fernando Andrade.