Prefeitura capacita equipes escolares para combater repetência e evasão na rede municipal de ensino

Educação
22/11/2019 17h20

A Prefeitura de Aracaju iniciou nesta sexta-feira (22) mais uma oficina formativa para diretores escolares e coordenadores pedagógicos com foco na organização da gestão para melhoria dos índices de aprovação e combate a evasão nas unidades da rede municipal de ensino.
 
A atividade, que prossegue neste sábado (23), é desenvolvida pela Secretaria Municipal da Educação (Semed), em parceria com os institutos Arapyaú e Impulso, na sede do Centro de Aperfeiçoamento e Formação Continuada de Educação (Ceafe), no bairro Suíssa.

Participam da formação gestores das escolas municipais de ensino fundamental (Emefs) Professor Laonte Gama; Olga Benário; João Teles Menezes; Professora Letícia Soares de Santana; Deputado Jaime Araújo; Tenisson Ribeiro; José Conrado de Araújo; Oviêdo Teixeira; Sergio Francisco; e Santa Rita de Cássia. Essas unidades foram escolhidas após um diagnóstico realizado pelo Arapyaú, a partir de um trabalho iniciado em julho deste ano. Para o diretor de Educação Básica de Semed, o processo é um experimento que poderá ser replicado em outras unidades da rede.

“A reprovação escolar é um fenômeno há muito estudado na educação básica brasileira. Na rede de Aracaju ela apresenta números preocupantes, especialmente do 6º ao 9º. A Semed, por meio do Departamento de Educação Básica e do Ceafe, tem discutido com as unidades este desafio e agora gostaria de pensar e experimentar com as dez escolas que apresentam os maiores índices estratégias que, vindo a ser validadas, possam ser aplicadas no âmbito da rede”, afirma o diretor do DEB, professor Manuel Prado.

Ação coletiva
A representante do Arapyaú, Larissa de Lima Leme, explica que, ao reunir as unidades que apresentam indicadores de reprovação alto nos anos finais, surgiu a ideia de ajudá-las a construir um plano de ação para acompanhar a reta final desses alunos, especialmente os que estão correndo o risco de reprovação.
 
"Também devemos encontrar um caminho para realizar o acompanhamento posterior, no próximo ano, caso esse estudante tenham reprovado ou estejam em situação de distorção idade/série. Nossa ideia é dar ferramentas e suporte para que os diretores consigam construir ações para intervir sobre os problemas”, pontua Larissa.

A diretora do Ceafe, professora Gabriela Zelice, ressalta que, por meio desta capacitação, gestores e coordenadores refletirão sobre os seus processos de trabalho dentro da escola, como é que ocorre o acompanhamento pedagógico do trabalho do professor, na unidade, por parte do coordenador pedagógico; e quais são as principais dificuldades desse acompanhamento.
 
"Com isto mapeado, pensaremos nas possíveis soluções. E como produto final, sairemos com um plano de ação que os coordenadores levarão para suas escolas. Não é um modelo pronto. Cada escola descobrirá quais os caminhos deverão trilhar para encontrar essa solução e a partir daí elas a aplicarão. Quinze dias depois, essa mesma equipe retornará e nos contará como foi a aplicabilidade desse plano de ação e como a solução se desenvolveu dentro da escola. A partir daí faremos uma análise mais aprofundada, consolidada e planejaremos a reaplicação para as outras escolas”, detalhou.

Melhoria do trabalho
No Planejamento Estratégico da Prefeitura de Aracaju, a área da educação conta com um conjunto de metas que têm como foco a diminuição dos índices de evasão. assim, desde 2017, a rede vem, paulatinamente, diminuindo esse índice. Com essa ação, a Semed pretende não só repetir o combate a evasão, mas também concatenar essa conquista com o aumento na aprovação dos alunos.
 
“Nós também temos elevado os índices de aprovação. E pretendemos acelerar esse processo porque é um dado preocupante e aponta para alguns problemas de aprendizagem, então entendemos que se focarmos nos processos de gestão com vista à melhoria de aprendizagem, elevamos a frequência, diminuímos os índices de evasão e aumentamos os índices de aprendizagem”, salienta a secretária municipal da Educação, professora Maria Cecília Tavares Leite.

Para a diretora da Emef José Conrado de Araújo, professora Carla Cristina Gonçalves, o diagnóstico  e a formulação coletiva são apoios importantes para as escolas. “Estas ações são feitas para contribuir significativamente com o nosso trabalho cotidiano de gestão escolar que, apesar de enfrentarmos grandes desafios, com esse tipo de suporte, de apoio, de formação, de outras visões, com certeza vamos conseguindo superar de maneira mais tranquila os impasses e melhorar as relações dentro da escola, porque a gestão não se se faz só com gestores, precisa de todo o coletivo escolar”, garantiu.