Projeto da Prefeitura discute protagonismo juvenil com alunos da rede municipal

Saúde
04/12/2019 16h52

Nesta quarta-feira, 4, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), promoveu o terceiro encontro do Projeto Protagonismo Juvenil, cuja proposta é discutir temáticas referentes à saúde de jovens e adolescentes. A atividade foi realizada em parceria com o Projeto Sons do SUS e aconteceu na EMEF Anísio Teixeira, no bairro Atalaia.

Segundo a coordenadora do Programa Saúde na Escola, Aline Guimarães, neste ano, oito escolas participaram do Projeto Protagonismo Juvenil, que visa a formar multiplicadores. “São três encontros, entre a Unidade de Saúde, o Programa Redução de Danos, o Projeto Sons do SUS e o Programa IST/Aids. Nós realizamos um encontro com cada temática e, ao final, o grupo que participa, que se torna protagonista dentro da escola, pensa numa estratégia de ação na unidade de ensino”, afirma Aline.

Entre os temas em discussão, os jovens debatem sobre sexualidade, prevenção das IST’s, álcool e outras drogas, respeito à diversidade. O médico da UBS Antônio Alves, Raul Koga, que, juntamente com a equipe da UBS, atua de forma contínua ao longo do ano na unidade de ensino, explica a importância desse projeto.

“Trabalhamos com os alunos ações preventivas, os temas vão de alimentação saudável à prática de atividade física, como forma de tentar conscientizar as crianças e os jovens, que são o elo mais frágil da sociedade”, justifica o médico.

No último encontro do ano, o Projeto Sons do SUS entrou em ação e levou, por meio da música, o debate sobre questões de racismo, homofobia e misoginia. O coordenador do projeto, Murilo Andrade explica que, ao longo da parceria com o PSE, estratégias foram pensadas até chegar ao formato atual de trabalho.

“Muito raro alguém que não goste de música, então ela é uma ótima via de comunicação com os jovens. Escolhemos algumas músicas populares, conhecidas por eles, para cantar junto e estimular um debate sobre o que aquela música tem pra dizer com relação a algumas questões como homofobia, racismo, misoginia. A gente sempre traz esses temas, para falar da empatia e o cuidado que se tem que ter com o outro. A música acaba sendo uma intermediadora bacana, e essa discussão também se torna informação em saúde, visto que diminuir os índices de violência, que perpassam nesses três temas, está ligada a questão da saúde, seja ela mental ou física”, considera Murilo.

Débora de Azevedo Déda é coordenadora pedagógica da EMEF Anísio Teixeira e afirma estar satisfeita com a presença do programa na escola. “Todo projeto que se soma ao trabalho que é feito na escola, é de fundamental importância. São oportunidades de discutir temas que fazem parte da rotina, problemas que eles enfrentam, e esse trabalho é mais uma forma de cuidar deles”, garante.

“É muito legal! E esse momento com a música ajuda a gente a refletir sobre de que forma a sociedade se comporta e o que nós pensamos, planejamos pra nosso futuro”, diz Katielly Santos, aluna do 8º ano, que deseja se especializar e trabalhar na área de estética e cosmética.