Gestores apresentam projetos de curso promovido pela Prefeitura em parceria com Hospital Sírio-Libanês

Saúde
05/12/2019 15h59

Nesta quinta-feira, 5, em uma nova etapa do curso de Especialização em Gestão de Políticas de Saúde Informadas por Evidências (Espie), gestores da Secretaria Municipal da Saúde, apresentaram a Síntese de Evidências: “Estratégias para enfrentamento da alta demanda e inadequação dos encaminhamentos para especialidades médicas em Aracaju”, que são projetos de intervenção, com foco na qualificação da gestão. O curso é fruto da parceria entre o Ministério da Saúde e o Hospital Sírio Libanês e a Prefeitura de Aracaju, por meio da SMS, foi selecionada para promovê-lo. 

A especialização ainda conta com o apoio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) de Sergipe e do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde de Sergipe (Cosems/SE). Para a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, o objetivo da parceria com o Sírio Libanês é de possibilitar o desenvolvimento de alternativas que melhorem o desempenho na oferta dos serviços aos cidadãos, sempre considerando os problemas e dificuldades cotidianas do SUS de Aracaju.

“São quatro grandes projetos, entre eles a Sala de Situação, que é uma proposta que a SMS está fazendo para trabalhar os dados que temos. A Saúde tem inúmeras informações, inúmeros sistemas que não se integram entre si, e que, por conta disso, fazem com que a gestão não consiga visualizar melhor os problemas. Devemos aproveitar as informações que temos e as consolidarmos em um ambiente de análise crítica de dados, para que possamos tomar decisões baseadas nas evidências, e de forma acertada, com melhoria direta para a população”, avaliou Waneska.
 
E sobre essa problemática, o secretário adjunto da SMS, Carlos Noronha, que também participa da Especialização, defendeu a importância da vinculação dos dados e informações que a Secretaria dispõe e o quanto o uso eficiente desse material resulta na prevenção de crises e numa melhor oferta dos serviços. 

“É um tema muito oportuno, porque o que vemos dentro da Secretaria Municipal da Saúde, é que não conseguimos concatenar os dados e as informações em Saúde, para implementar a política. A Saúde é cheia de dados, mas eles por si só não contribuem muito, porque são números. Esse tema traz o pensamento de qualificar mais nossas informações, qualificar mais quem produz a informação, quem a executa, e além disso fazer um monitoramento, para conseguirmos o êxito esperado nas nossas políticas”, considerou Noronha. 

Qualificação que gera resultados
 
Os representantes do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital Sírio Libanês, Anderson Torreão e Marcelle Benetti, são os facilitadores do curso, e mediaram as apresentações dos projetos. “O curso envolve pessoas do serviço, que estão trabalhando da SMS e na Saúde de uma maneira geral, e que nós estamos capacitando para que na mesma forma que aprendem, desenvolvam projetos de transformação e modificação da prática dos locais onde trabalham. Os projetos já apresentados vêm sendo muito bem aceitos pela Secretaria da Saúde, que entende que a problemática que eles abordam é importante”, destacou Anderson. 
 
Ainda segundo o facilitador, todos os projetos do Hospital Sírio Libanês tem esse mesmo ‘desenho’. “Eles não são apenas cursos, eles precisam ser projetos que tenham compromisso com a mudança da prática. O aluno para se formar, ele não apenas tem que estudar, mas desenvolver bem os projetos de mudança da prática”, reforçou. 

Essa é a primeira etapa do curso, que terá seguimento ao longo do ano que vem. "Essa etapa fecha o ciclo do levantamento dos problemas, do diagnóstico, e do levantamento de evidências. Hoje eles estão fazendo um painel das evidências encontradas, a partir dos problemas que foram levantados. Depois vai haver um momento deliberativo, onde o gestor vai escolher, dentre as evidências, qual a melhor para o nosso contexto. E em seguida, haverá um segundo momento, que é a implantação do projeto a partir da evidência, o que deve acontecer ao longo de 2020”, pontuou a coordenadora do Centro de Educação Permanente em Saúde (Ceps), Jane Curbani. 

Além da problemática sobre os sistemas de informação, os outros projetos abordaram questões ligadas às filas dos serviços especializados, principalmente os serviços de endocrinologia; o gerenciamento das Unidades Básicas de Saúde; e a questão ligada à Educação e Saúde, através de ferramentas como Teleconsultoria.
 
A apresentação dos trabalhos aconteceu na Universidade Tiradentes, Campus Farolândia. E o diretor da área de Saúde do Grupo Tiradentes, Hesmoney Ramos, participou da banca e comentou da parceria entre a Unit e a SMS. "A universidade se faz parceria porque ela forma profissionais que irão trabalhar justamente na rede de saúde. Então, assim como temos parceria com as secretarias municipais e estaduais para o estágio dos nossos alunos, quando esses profissionais se formam já tem o conhecimento de como funcionam essas entidades médicas, e tem mais facilidade a se encontrar como profissional nos estabelecimentos, o que resultará num fluxo mais rápido do atendimento".