Intervenções no entorno são fundamentais para efeitos da obra da Euclides Figueiredo

Agência Aracaju de Notícias
14/01/2020 06h00

"A Euclides é uma artéria que sempre ficava muito obstruída, porque pegava não só a água e o material dela mesmo, mas de todo o entorno". Essa definição do secretário municipal da Infraestrutura, Sérgio Ferrari, justifica a execução do trabalho que a Prefeitura de Aracaju tem realizado na área.

Esse entorno, segundo Sérgio Ferrari, é constituído, de um lado, pelo loteamento Moema Mary e, do outro, pelo Jardim Santa Catarina, que tem algumas ruas que confluem para a Euclides e contribuem para o carreamento de água, lama e outros materiais que obstruem a avenida.

"Então, nós estamos praticamente duplicando a área de drenagem e impermeabilizando todas as laterais, de maneira que quando tiver chuva, evidentemente vai acumular a água, mas não vai mais trazer material que obstrua a rede de drenagem", explica o secretário.

Por isso, a Prefeitura está realizando obras de drenagem, de esgoto e do calçamento das três ruas do Jardim Santa Catarina e do Moema Mary, que já teve duas etapas de obras concluídas e está iniciada a terceira, finalizando as intervenções.

"Além disso, no loteamento, havia uma piçarreira, uma jazida de argila situada no alto do morro, e nós também fizemos um muro de contenção para evitar que a chuva carreie esse material da jazida para a avenida", ressalta Sérgio Ferrari. "Com essas ações, temos a garantia de que a quantidade desse material que obstrui a Euclides vai ser muito menor do que é hoje", reforça.

Tudo isso demandou um investimento de cerca de R$14 milhões: R$7 milhões investidos na obra de infraestrutura da avenida Euclides Figueiredo; cerca de R$6 milhões para infraestrutura e urbanização do Moema Mary e mais R$1 milhão para as urbanização das vias do Santa Catarina. Para além dos recursos, a própria necessidade de se pensar no entorno da Euclides Figueiredo mostra a complexidade da obra da avenida.

"A Euclides tem o problema de estar numa região ruim, que é um dos pontos mais baixos de Aracaju. Vivia obstruída porque a região não era protegida e a drenagem era subdimensionada. Então, é uma obra complexa, mas que basicamente necessita de cálculo de engenharia. E isso se consegue fazer”, afirma.

O secretário destaca, ainda, que, por ser uma região baixa, está sujeita à oscilação da maré. “Nós estamos fazendo uma obra que, durante a chuva, vai permitir um escoamento muito rápido, mas que não impede que em momento de maré alta tenha refluxo de água, e o que temos que fazer nesse período é manter o canal muito limpo para permitir que o escoamento seja rápido”, acrescenta.

No loteamento Santa Catarina, a empresa já montou o canteiro de obra e está iniciando a execução da rede de drenagem na Rua do Toque. Já na Euclides Figueiredo, das 504 células de concreto a serem assentadas, mais de 450 já estão implantadas; isso significa que cerca de 90% do novo sistema de drenagem da região já está construído.

No Moema Mary, a primeira etapa, já concluída, contemplou cinco ruas e trechos de outras duas; a segunda etapa, também concluída, contemplou mais uma rua e trechos de outras duas; e a terceira etapa, em andamento, oito ruas e trechos de duas. No total, 16 ruas do loteamento serão contempladas com saneamento básico, rede de drenagem e pavimentação.

Sérgio Ferrari estima que as obras da Euclides Figueiredo em si devem ser concluídas e entregues ainda no primeiro semestre deste ano, assim como as do Moema Mary, que foram interrompidas para troca da empresa. Já as intervenções nas ruas do loteamento Santa Catarina devem ser finalizadas antes.