Prefeitura promove Alfabetização Emocional para usuários de Cras de Aracaju

Assistência Social e Cidadania
05/02/2020 16h00

Ao som de música relaxante, as crianças e adolescentes que participam do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Enedina Bomfim, no bairro América, realizaram nesta quarta-feira, 5, mais uma atividade do projeto “Alfabetização Emocional”.

De acordo com a coordenadora do Cras Enedina Bomfim, Elisabete Ribeiro, o projeto auxilia no desenvolvimento emocional e social dos usuários para que reconstruam a própria capacidade de reconhecer os seus sentimentos e convivam em paz com eles mesmos, seus familiares e na sociedade.

“Os nossos meninos e meninas vivem em situação de vulnerabilidade social e o trabalho desenvolvido pelas educadoras sociais vem contribuir para que eles superem as dificuldades que enfrentam. Sabemos que a maioria têm problemas para conviver com o próximo, criar laços emocionais e viver em harmonia, por esse motivo, as atividades auxiliam para que eles olhem para si próprios, para seus sentimentos, e percebam que a mudança é possível e a realidade pode ser transformada dentro e fora de casa”, explica Elisabete.

Dentro do “Alfabetização Emocional”, são desenvolvidas atividades como meditações, shantala, escalda-pés e a caixa das emoções. Todas às quartas-feiras, cerca de 13 crianças e adolescentes com idade entre sete e 15 anos, são orientados por três educadoras sociais. Para a educadora social e a executora do projeto, Elisângela Oliveira, o momento proporciona relaxamento e autorreconhecimento.

“As crianças e adolescentes do SCFV tendem a ser pessoas mais agitadas devido às situações de vulnerabilidade. Começamos a desenvolver o projeto para que começássemos a criar a cultura da autoconsciência emocional e através das atividades como a meditação, por exemplo, conseguimos respirar melhor, olhar para dentro de nós mesmos, entender como funciona o nosso interior para que na caixa de emoções, elas consigam expressar seus sentimentos, anseios, emoções, medos e superem todas as dificuldades. Queremos que eles se autorreconheçam para a própria compreensão dos sentimentos e assim, promover a cultura da paz e um ambiente pacífico para todos”, explicou.

A estudante Nayra Mylena, 11, e suas duas irmãs mais novas participam de todas as atividades. Toda a sua família é assistida pelo Cras há cinco anos.  Para ela, o momento proporciona relaxamento. “Acho muito bom porque me sinto mais calma, tranquila, me sinto bem e minhas irmãs também gostam de fazer”, disse.

A primeira vez que a estudante Eduarda Silva, 12, teve contato com a meditação foi no Cras. Ela participa de outras atividades do SCFV. “É um momento onde refletimos um pouco sobre tudo na vida. Se estou com raiva de algo, aqui eu paro, penso e me esvazio de sentimentos ruins. São atividades onde me sinto relaxada, sinto mais o meu corpo. Depois da meditação me sinto mais tranquila”, contou.