Eficiência do trabalho da Prefeitura reduz em 42% casos de Leishmaniose em humanos

Saúde
12/02/2020 15h40

O trabalho de combate aos vetores e hospedeiros intermediários de doenças transmitidas por animais, desenvolvido ao longo de todo o ano pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), tem permitido à Prefeitura de Aracaju alcançar índices importantes, como a redução de 42,8% no número de casos de Leishmaniose na capital; no ano de 2018, foram 21 confirmados em humanos, contra 12 registrados ano passado.

De acordo com o levantamento feito pelo Centro de Controle de Zoonose (CCZ), em 2018 foram visitados 9.871 imóveis, coletadas 1.627 amostras caninas, sendo 291 positivas. Já em 2019 as equipes visitaram 11.820 imóveis, coletaram 1.441 amostras caninas, sendo 274 positivas. Além disso, o CCZ também identificou nos últimos dois anos 401 ambientes propícios ao vetor, e realizou o controle químico em 499 imóveis. 

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi, e é transmitida por meio da picada do vetor infectado, denominado flebotomíneo, conhecido popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães (principal fonte de infecção para o vetor no ambiente urbano) ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da LV. 

O inseto se adapta facilmente ao ambiente em temperaturas diversas. Por este motivo, a população deve estar sempre atenta à presença de acúmulo de matéria orgânica e umidade, pois são condições ideais para procriação do flebotomíneo.

Mesmo que o trabalho das equipes do CCZ no combate à leishimaniose seja realizado durante o ano inteiro, a gerente do Centro de Controle de Zoonose, Marina Sena, reforça que a parceria com os profissionais de saúde que atuam nos bairros e a população é fundamental para a notificação de casos suspeitos da doença. 

“Realizamos rotineiramente a coleta de sangue de cães, tanto no consultório do CCZ, quanto nos bairros onde houve casos humanos confirmados da doença, e da mesma forma mapeamos os locais onde é necessário realizar um trabalho mais intensivo de combate ao vetor”, explica Marina.

Entre as ações de intensificação, foi realizada no ano passado a Semana de Controle e Combate à Leishmaniose Visceral, com o objetivo de mobilizar os profissionais de saúde e a comunidade em geral sobre a doença, intensificando o trabalho de controle nos bairros de maior vulnerabilidade social. As atividades foram realizadas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e escolas públicas, e se estenderam para o trabalho de campo.