Prefeitura presta assistência às famílias do Largo da Aparecida e segue atuando na região

Assistência Social e Cidadania
20/05/2020 21h32

Desde o início da tarde desta quarta-feira, 20, a Prefeitura de Aracaju, por meio das equipes das secretarias municipais da Assistência Social e da Defesa Social e da Cidadania, está prestando auxílio às famílias residentes do Largo da Aparecida, no bairro Jabotiana. Devido ao acumulado de chuva das últimas 48h, que soma 100 mm, e o montante contabilizado durante o mês, que já soma 225 mm, a barragem do Poxim verteu.
 
A elevação da vazão de água foi comunicada pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), que administra a barragem. Por conta disso, o prefeito Edvaldo Nogueira reuniu o Comitê de Gerenciamento de Crise, no início da tarde, através de videoconferência, para tratar do impacto das fortes chuvas em Aracaju, em especial no bairro Jabotiana, e definir as ações preventivas e de atendimento à população da região. 

Sabendo da possibilidade de alagamento na região do Largo da Aparecida, a gestão municipal, preventivamente, iniciou o processo de retirada de grupos vulneráveis, público mais atingido pelo possível transbordamento do rio Poxim Mirim. Inicialmente, 19 famílias da localidade foram acolhidas em um hotel da cidade. 

De acordo com a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos, foram levadas, prioritariamente, idosos, pessoas com deficiência e/ou com dificuldade de locomoção (gestantes e famílias com crianças).

"Nos antecipamos à situação. Recebemos o alerta da Defesa Civil e após uma reunião com o Comitê de Gerenciamento de Crise, decidimos retirar essas pessoas de suas residências e levá-las para um lugar seguro para evitar aglomerações por conta da pandemia do novo coronavírus. Os pertences dessas famílias serão recolhidos pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos, a Emsurb,  e levados para um galpão da secretaria", explicou. 

Simone ainda destacou que a logística foi montada para atender a todas as famílias da localidade. A alimentação e a estada estão garantidos pelo tempo que a Defesa Civil considerar necessário e seguro. As equipes da Secretaria Municipal da Saúde medem a temperatura de todas as pessoas assistidas pelo Município nesse trabalho, verificando o estado de saúde de cada um para, depois, leva-los ao hotel até que a situação se reestabeleça", finalizou. 

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, major Sílvio Prado, as equipes da Secretaria da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), pasta à qual está vinculado o órgão, continuam monitorando toda a área para identificar os possíveis riscos. 

"Em maio, há maiores ocorrências de chuvas. Estamos agindo preventivamente porque há indícios de um transbordamento do rio Poxim Mirim. Continuaremos atuando nesses locais para orientar e convencer outras pessoas a saírem de suas casas. Caso haja um transbordamento, teremos mais facilidade para salvaguardar as vidas das famílias e seus pertences. Contamos com o auxílio da Assistência Social, que fez o cadastramento das famílias que serão transferidas, da Emsurb, que preparou um caminhão para colocar os móveis dessas pessoas, da Empresa Municipal de Obras e Urbanização, a Emurb, que continua fazendo a desobstrução dos canais e atuando na rede de drenagem urbana. Todas as ações com o objetivo de diminuir os impactos da chuva e dar uma resposta mais rápida aos cidadãos", salientou. 

O coordenador da Defesa Civil de Aracaju explicou o motivo de o rio Poxim Mirim apresentar mais possibilidade de transbordar no período chuvoso. "A chuva não é o principal fator do transbordamento e da nossa atenção nesse rio. As chuvas que aconteceram em outros municípios pelos quais ele passa, como Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, Itaporanga D'ajuda e Areia Branca acabam desaguando no Poxim Mirim, que não tem represamento e barragem. Com isso, somando-se a água da chuva que cai no leito, pode causar o extravasamento nesse local, que possui o relevo mais baixo." afirmou. 

Morador do Largo da Aparecida há 17 anos, o autônomo Pedro Santos recebeu o alerta da Prefeitura antes mesmo das chuvas começarem a cair. "Recebi o SMS de alerta da Defesa Civil e fiquei atento. Por ser um local baixo, toda vez que chove aqui, acaba enchendo. Graças à Prefeitura, a situação não fica pior porque as equipes, assim que começa a chover, já vêm para cá, analisam a área, nos dão orientações, prestam assistência às famílias em tudo. Não ficamos desassistidos", contou. 

A dona de casa Socorro Pereira, 36, mora há pouco tempo no Largo da Aparecida e pela primeira vez, enfrenta a situação. Ela foi umas das famílias transferidas para o hotel. 

"Moramos eu e minha filha de seis meses. Apesar de nunca ter acontecido isso comigo, estou tranquila porque estou recebendo o apoio da Prefeitura. Se isso não estivesse, estaria desesperada, sem saber o que fazer, já que minha filha mora em Japoatã. É uma segurança para nós duas", disse.