Ações planejadas permitem à Prefeitura ampliar atendimentos na rede municipal de saúde

Agência Aracaju de Notícias
26/05/2020 08h00

As medidas adotadas pela Prefeitura de Aracaju para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, como a estruturação célere de um plano de contingência, estabelecimento de medidas para restringir a circulação de pessoas nas ruas e a ampliação de leitos de retaguarda, tem proporcionado à rede municipal de saúde condições para suportar o aumento da demanda decorrente dos casos de covid-19 na capital.

Antes mesmo da confirmação do primeiro caso da doença provocada pelo novo coronavírus na cidade, um plano de contingência foi apresentado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). De acordo com o prefeito Edvaldo Nogueira, todo o resultado obtido até o momento reflete o trabalho desenvolvido de forma antecipada pela gestão municipal.

“Não esperamos a doença chegar para agir e isso fez toda a diferença. Antes mesmo do primeiro caso confirmado de infecção pelo coronavírus, convocamos a Saúde e elaboramos um plano de contingência com base na ciência, que vem nos dando a direção. Adotamos como medida fundamental o distanciamento social, por observar que em todas as cidades do mundo que restringiram a circulação de pessoas deu certo, e partimos para a preparação do nosso sistema de saúde”, explica prefeito.

De acordo com Edvaldo, além de conseguir frear a propagação do vírus, a ação antecipada da Prefeitura possibilitou a preparação de leitos de retaguarda em unidades de saúde, hospitais de urgência e emergência e a construção do hospital de campanha. ”Hoje, vivemos um momento exponencial da doença, que nos leva a tomar medidas ainda mais restritivas, mas com a certeza de que todos os passos seguidos até aqui nos possibilitam prestar um atendimento eficaz ao paciente com covid-19”, ressalta o prefeito.

O primeiro caso confirmado na capital foi registrado no dia 14 de março. Três dias depois o prefeito Edvaldo Nogueira editou decreto que suspendeu as aulas nas escolas, faculdades e universidades públicas e particulares. Além disso, proibiu atividades em cinemas, teatros e afins, assim como reuniões e solenidades que reunissem mais de 100 pessoas em ambientes fechados e 250 pessoas em lugares abertos.

Posteriormente, novas determinação surgiram, editadas em novos decretos, como o fechamento do comércio e atividades não essenciais, a redução da frota de ônibus, redução do horário de expediente de órgãos e secretarias não essenciais até uso obrigatório de máscaras.

Quando ainda não havia registro de transmissão comunitária a gestão montou uma estratégia especial de monitoramento no aeroporto da cidade, fazendo medições de temperatura e colhendo informações sobre histórico de sintomas e locais de passagem daqueles que desembarcavam.

Uma vez confirmada a transmissão comunitária, a Prefeitura de Aracaju passou a utilizar até mesmo carros de som para alertar a população sobre a gravidade da doença e orientar sobre a necessidade de manter o distanciamento social, conforme das autoridades sanitárias do país.

Planejamento hospitalar
Durante todo o período de combate à pandemia a administração municipal faz um grande esforço para que os aracajuanos que desenvolveram os sintomas de covid-19 pudessem ser tratados com dignidade. Desta forma, destacou locais de referência, ampliou instalações e leitos.
 
“Foi muito importante disparar um plano de contingência logo no início, inclusive com oito unidades básicas destacadas para síndromes gripais, pois evitou que os casos lotassem as urgências. A iniciativa de colocar um contêiner no hospital zona sul também foi efetiva, porque conseguimos separar os pacientes com necessidades ordinárias daqueles com sintomas do coronavírus, impedindo a contaminação intrahospitalar. Aliado a isso trabalhamos para aumentar os leitos de retaguarda, o que nos deu tempo até que o hospital  de campanha estivesse pronto. O planejamento foi adequado e permitiu que o sistema não ficasse saturado, o que aumentaria a letalidade do vírus na capital”, explica a secretária da Saúde, Waneska Barboza.

Todo o planejamento permitiu que a construção do Hospital de Campanha fosse realizada de forma tranquila, com a garantia de que os enfermos teriam tratamento adequado. Agora, Aracaju dispõe de 130 leitos ativos de baixa e média complexidade, com a possibilidade de ampliação para até 232 leitos, a depender da necessidade. "Cabe ao município regular leitos desta natureza. Leitos de UTIs são regulados pelo Governo do Estado", explica Waneska.