Farmacêuticos contribuem para qualificar atendimentos do Hospital de Campanha

Agência Aracaju de Notícias
29/06/2020 16h00

Uma das categorias da área da saúde que atuam no Hospital de Campanha (Hcamp) Cleovansóstenes Pereira Aguiar é a de farmacêutico. Vinte profissionais contratados, temporariamente, pela Prefeitura de Aracaju são responsáveis por gerir as quatro farmácias da unidade, uma central e três farmácias-satélite, dispensar e requerer medicamentos, verificar estoque. 

Referência técnica da área no Hcamp, Klécia Santos dos Anjos é um desses profissionais. Ela é responsável por toda a estrutura farmacêutica dentro do hospital, desde a coordenação da equipe, dos fluxos e da parte técnica da atividade em si, alinhando-as às resoluções e portarias que regem a profissão.

“Nosso papel na farmácia hospitalar está muito relacionado a garantir os medicamentos para os pacientes internados. Para isso, nossa atividade vai desde a solicitação ao armazenamento de remédios de forma adequada, até o envio para as farmácias satélites e a posterior administração ao paciente, dentro da prescrição que a equipe médica faz”, explica Klécia Santos.

Ou seja, é um papel que vem desde o começo, quando da chegada do medicamento ao hospital até quando ele é utilizado no paciente. “Todo esse manejo de materiais e medicamentos está relacionado ao trabalho do profissional”, reforça a referência técnica. 

Kátia Pacheco também é farmacêutica do Hcamp. Em seus turnos de 12 horas, ela tem uma rotina intensa, típica de quem entende que o papel desenvolvido pela categoria é crucial. “Nós cuidamos de toda a farmacologia do paciente, bem como do estoque, para não deixar faltar nenhum medicamento; também  fazemos a verificação de todas as receitas que os médicos passam para conferir dosagem e posologia”, resume Kátia.

Ela atua na farmácia central, onde são feitas as solicitações de medicamentos para as farmácias-satélite, que separa a medicação toda e envia. As farmácias-satélites são divididas por ala e cor: vermelha, amarela e azul. “Quando a medicação é enviada, a gente dá baixa no sistema, faz a verificação de estoque para dar continuidade ao processo. A solicitação de remédios é feita a cada dois dias, seja de item hospitalar ou de medicamento em si”, revela.

A covid-19 apresenta sintomas diversos e ainda não há pesquisas suficientes que embasem um tratamento específico para a doença. “A gente tem várias possibilidades, os estudos estão avançando, mas a gente está usando medicamentos que já fazem pare da rotina de outras doenças respiratórias, outras condições clínicas que atendem ao tratamento de sintomas que a covid provoca”, esclarece Klécia Santos.

Ela diz que lidar com essa diversidade de medicação é inerente à atuação hospitalar, seja ele numa estrutura permanente ou temporária, como um hospital de campanha. “Por mais quer ele tenha covid, é um paciente que pode ter outras complicações, então, temos sempre avaliar o amplo, como a questão social e psicológica, para definir a farmacologia adequada”, ressalta. 

Ambas admitem que tem sido um desafio atuar na linha de frente da covid-19. “A atenção é redobrada, porque a gente sabe da gravidade. E tem o fator determinante de ser uma situação nova, que requer que a gente esteja antenado, sempre estudando, se capacitando para, nesse caso, garantir que o paciente tenha uma boa estadia no hospital”, afirma Kátia.   

Para Klécia, o desafio é ainda maior por se tratar de um hospital de campanha. “Qualquer hospital é desafiador, mas aqui é uma estrutura específica, com demandas específicas. E, por ser temporário, é como se estivéssemos montando um hospital do zero, então a gente vai construindo no dia a dia mesmo. É preciso fazer adequações, sempre garantindo o atendimento adequado do paciente, dos medicamentos e de todo o fluxo”, assegura Klécia.