Junto ao Conselho Tutelar, Prefeitura assegura direitos das crianças da Mangabeiras

Agência Aracaju de Notícias
23/07/2020 10h50

Na ação de realocação das famílias da Ocupação das Mangabeiras, realizada pela Prefeitura de Aracaju, todos os detalhes têm sido observados para que o trabalho seja realizado da melhor maneira possível. Iniciada na segunda-feira (20), a operação se encaminha para a fase final e, entre os órgãos presentes nesta força-tarefa está o Conselho Tutelar, o qual tem desempenhado um papel essencial para a garantia dos direitos das crianças que moravam na localidade. 

Localizado no bairro Santa Maria, o Conselho Tutelar do 6º Distrito é o responsável pela área que abrange, além do próprio bairro onde está situado, o 17 de Março, o Mosqueiro e toda a Zona de Expansão, por isso, os cinco conselheiros desse distrito têm contribuído para o sucesso da operação de realocação das famílias da Ocupação das Mangabeiras.

“O trabalho do Conselho tem sido crucial, visto que a maioria das famílias tem crianças, são famílias que não têm estrutura devida. A parceria é forte, tem sido brilhante e isso mostra, de fato, o papel do Conselho Tutelar. Os conselheiros estão para garantir os direitos das crianças em situação de vulnerabilidade, que estavam em ambiente insalubre, inadequado. É preciso que seja feito todo um trabalho de orientação, até mesmo para evitar que existam conflitos, já que sabemos que esses conflitos também refletem nas crianças”, explica a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos. 

A conselheira Greicielle Cardozo afirma que esse trabalho envolve muito cuidado. “Todo o colegiado está presente, justamente porque é preciso unir forças. Nosso papel é garantir que os órgãos que estão aqui não venham a violar os direitos dessas crianças, nem mesmo os pais. Não registramos nenhuma ocorrência e temos visto que a Prefeitura está trabalhando para garantir que todos os direitos sejam cumpridos. Sempre que necessário a Guarda Municipal e a Assistência Social nos chamam para prestar algum esclarecimento ou orientar as famílias”, afirma.

A conselheira pontua, ainda, algumas violações que podem ocorrer nesse tipo de operação. “Pode ocorrer que algumas famílias estejam com crianças que não sejam delas, que dizem que precisam ganhar a casa porque têm filhos, então, nós verificamos se a criança é registrada, se realmente está com o pai ou responsável. Agimos, também, para que não ocorra nenhum abandono, enfim, são alguns casos que podem ocorrer, mas que, até o momento, não registramos nada do tipo”, frisa Greicielle.

Por serem eleitos pela própria comunidade, os conselheiros são conhecidos dos moradores e peças essenciais para tranquilizar as famílias durante toda a intervenção social coordenada e realizada pela administração municipal. 

“Estamos conversando com cada família, procurando atender da melhor maneira para que as crianças sejam resguardadas. Vemos que a Prefeitura tem feito um trabalho para acolher essas pessoas e isso é fundamental. Nosso trabalho é explicar como devem proceder nesse momento, com cuidado e atenção para que nenhum direito seja violado”, disse o conselheiro Anthony Costa dos Santos. 

Para a conselheira Aline Ferreira Santos, é preciso um olhar humano diante da situação. “É uma ação delicada porque envolve a vida de pessoas, toda uma mudança de vidas, e isso é muito sensível. Nesses casos, as crianças precisam ser olhadas com ainda mais cuidado e é por isso que chegamos junto e focamos em orientar e dar atenção aos mínimos detalhes. Nosso papel é fazer com que as crianças sejam, de fato, acolhidas e possam passar por essa mudança de uma forma positiva e feliz porque, afinal, elas estão indo para uma casa melhor, um lugar mais digno”, reforçou Aline.