Reinventar, inovar, transformar são verbos que muito têm sido colocados no tempo presente, a partir do advento da pandemia do novo coronavírus. Nesse cenário de mudanças e readequações, a arte tem sido válvula de escape para muita gente, porém, seus produtores, contraditoriamente, fazem parte dos profissionais que mais têm sido prejudicados com o distanciamento social. Foi com o intuito de abrir os horizontes e fomentar as produções culturais da cidade que a Prefeitura de Aracaju desenvolveu o “Janela para as Artes”, projeto que, nesta quarta-feira, 29, começou o último período de gravações com a categoria Artes Cênicas.
O “Janela” é o segundo projeto lançado pela gestão municipal, através da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), para incentivar a cadeia produtiva na capital durante o período de pandemia. O primeiro foi a reinvenção da mais tradicional festa do estado, que foi transformada em “Forró Caju em Casa”, evento online que foi realizado entre os dias 23 e 29 de junho, em formato online.
O projeto envolve quatro cadeias produtivas: Música, Artes Cênicas (Teatro, Dança e Circo), Literatura e Audiovisual.
Para o presidente da Funcaju, Luciano Correia, além do fomento às atividades culturais, o projeto vai deixar um importante registro.
“Ele dará uma enorme contribuição para o acervo da produção cultural, registrada em audiovisual nas redes digitais e disponíveis para acesso por todos os públicos de qualquer lugar e para vários usos, como na educação, com função didático-pedagógica, na pesquisa cultural, na divulgação da nossa cultura e identidade e da própria fruição e entretenimento”, ressaltou Luciano.
Para fechar o período de gravação, os grupos de Artes Cênicas se apresentaram para as câmeras. O palco escolhido, o Teatro João Costa, no Centro Cultural de Aracaju, tem seu significado, como apontou o Luciano Correia. “Decidimos gravar nesse teatro porque marca também, o reinício das atividades no Centro Cultural, assim que o período de pandemia passar. O espaço é um marco da nossa cidade, então, tem sua simbologia e importância”, frisou o presidente da Funcaju.
Um dos grupos contemplados pelo edital foi o Palco dos Sonhos que, na gravação desta quarta, apresentou um monólogo sobre Pôncio Pilatos a partir de um ponto de vista diferente do mais difundido.
“Foi bastante importante participar desse projeto, até para termos inspirações em meio à pandemia, conseguir botar para frente alguns projetos, porque já estávamos tentando nos estabelecer como novo grupo teatral. Conseguimos grandes conquistas no ano passado e 2020 ficou tudo muito difícil, inclusive, tivemos que reduzir a produção ao máximo por conta da pandemia. O ‘Janela’ veio para fortalecer a nossa esperança, tanto profissional, quanto pessoal”, destacou o produtor e diretor do grupo, Arthur Costa.
Apresentação do grupo Nu Tempo Dance/ Fotos: Ascom Funcaju
