Prefeitura já visitou mais de 15 mil imóveis nos mutirões de combate ao Aedes

Saúde
07/08/2020 12h50

Pereira Lobo, 18 do Forte, Salgado Filho, Capucho, Santa Maria, Cidade Nova, Santos Dumont, Santa Maria, Industrial, Santo Antônio, Porto Dantas, Dom Luciano, Ponto Novo, Cirurgia, América, Bugio, Santos Dumont, Olária e Lamarão foram os bairros que já receberam o mutirão de combate ao Aedes aegypti do Plano de Intensificação das Ações de combate ao mosquito desenvolvido pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
 
Apenas nos primeiros seis meses deste ano, 15.162 imóveis já foram visitados. Essa ação é realizada em três sábados do mês, com a atuação da intersetorialidade das secretarias e órgãos municipais, de modo a amplificar o trabalho preventivo desenvolvido pela gestão municipal ao longo de todo o ano contra o mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika.

De acordo com o gerente do Programa de Controle do Aedes aegypti da SMS, Jeferson Santana, a atuação da SMS é embasada em orientação, identificação e eliminação contra o mosquito, através de serviços educação, varrição, capinação, roçagem mecanizada e coleta de resíduos descartados incorretamente em terrenos baldios e vias públicas da localidade. O próximo mutirão está marcado para o dia 15, no bairro Porto Dantas.

“A colaboração de profissionais da Secretaria do Meio Ambiente e da Empresa Municipal de Serviços Urbanos [Emsurb] foi somada ao trabalho dos agentes de endemias. Garis e margaridas foram orientados a identificar locais que servem como depósito para as larvas do Aedes aegypti e fazem o recolhimento de pneus, embalagens plásticas e outros objetos que possam acumular água, a partir das ações de limpeza no bairro”, explica.

Números de cada bairro
Nos bairros visitados, as equipes atuam para identificar e eliminar criadouros, localizar terrenos e imóveis abandonados e fechados, promover ações de educação em saúde, limpar e retirar volumosos e entulhos de terrenos e ruas, e desobstruir as redes pluviais e de esgoto.

O primeiro bairro do ano a receber o mutirão foi o 18 do Forte onde foram inspecionados 795 imóveis; seguido do Pereira Lobo, com 990 imóveis; Salgado Filho, com 771 imóveis; Capucho, com 764 imóveis; Santa Maria, com 987 imóveis; Cidade Nova, com 923 imóveis; Santos Dumont, com 830 imóveis; Santa Maria, com 590 imóveis; 18 do Forte, com 186 imóveis; Industrial, com 656 imóveis; Pereira Lobo, com 509 imóveis; Santo Antônio, com 611 imóveis; Porto Dantas, com 795 imóveis; Dom Luciano, com 764 imóveis; Ponto Novo, com 487 imóveis; Cirurgia, com 816 imóveis; América, com 886 imóveis; Bugio, com 766 imóveis; Santos Dumont, com 1.103 imóveis ; e Olária, com 933 imóveis.

Orientação
Com a reformulação na abordagem das equipes, a atuação dos agentes se baseia na orientação sobre como os moradores podem identificar e eliminar possíveis focos. E nesse período de pandemia e distanciamento social, a colaboração da população é fundamental. “Orientamos o morador a fazer uma busca detalhada no imóvel, e numa possível identificação de algo de risco, ele possa fazer o controle. A mudança entre sol e chuva geralmente leva ao acúmulo de água, daí é importante que o morador perceba essa característica desse depósito e elimine, limpando, escovando, virando ou até mesmo quebrando”, afirma. 

Cada cômodo da casa deve ser cuidadosamente checado pelos moradores para evitar o possível acúmulo de água. Na varanda, os vasos de planta podem servir de pontos de concentração e, nesses casos, não é necessário se desfazer deles, mas enchê-los com terra. Na cozinha também há riscos. A caixa que fica atrás da geladeira e que retém água durante seu processo de degelo é também um local para depósito de ovos do mosquito Aedes aegypti.

“O ideal é que a pessoa arraste a geladeira e verifique se não há água acumulada nessa caixa. Se houver, deve secá-la bem e passar uma esponja, limpando-a totalmente para que os ovos ali impregnados sejam eliminados. O quintal das residências pode reunir alguns recipientes e objetos que acumulam água, como lavanderias e garrafas. Durante a falta d’água, as lavanderias são utilizadas para o armazenamento e são também os maiores focos de larvas do mosquito”, relata.

O ideal é retirar água acumulada na lavanderia, limpá-la com uma escova e depois colocar uma nova água, dessa vez limpa. O quintal deve ser vasculhado uma vez por semana na busca de garrafas e pneus, objetos que costumam acumular água. Eles podem ser mantidos no quintal, mas devem ser colocados em um local coberto e devem ser monitorados constantemente para evitar novos acúmulos. As precauções não devem, contudo, se restringir somente aos cômodos da casa. Os muros com cacos de vidro, que servem para proteção, também devem ser observados.