Áreas públicas de Aracaju continuam sendo desinfectadas

Embora as atividades econômicas tenham sido retomadas e os casos de covid-19 em Aracaju tenham estabilizado, em comparação há meses atrás, a ameaça do novo coronavírus ainda é uma realidade. Por isso, ações que visam amenizar os efeitos do vírus e manter controlados os casos da doença ainda se fazem de grande necessidade.

Dentro do cronograma de atividades de combate à covid-19 na capital sergipana, que segue sendo executado, está a desinfecção de locais públicos, realizada pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). Utilizando hipoclorito de sódio e sabão geléia, as equipes da Emsurb fazem a limpeza e a desinfecção de locais públicos propícios à aglomeração, já que o vírus pode se manter vivo em diversas superfícies por alguns dias.

“É válido enfatizar a preocupação em levar essas intervenções, principalmente, a regiões próximas dos hospitais e das unidades básicas de saúde que atendem, exclusivamente, pacientes com síndromes gripais. É uma atividade que tem trazido bons resultados e tem um efeito psicológico nas pessoas, que passam a se sentir mais seguras quando sabem que o ambiente está controlado, limpo e apto para que elas possam trabalhar e receber aquela cidadã ou cidadão que ainda necessitam de atendimento presencial ou que precisam circular próximo a esses locais”, afirma o presidente da Emsurb, Luiz Roberto Dantas.

Além dos espaços públicos definidos, as equipes da Emsurb atendem, também, algumas solicitações da iniciativa privada, evitando, assim, a contaminação da população em relação ao coronavírus. Mesmo com a retomada da economia e a estabilização dos casos da doença em Aracaju, o quantitativo da equipe é o mesmo, pois já era algo definido para atendimento no ápice e também em uma fase mais moderada. A única diferença é que, atualmente, o serviço não é mais realizado com o auxílio de dois caminhões pipa, ficando por conta, de apenas, um caminhão. No entanto, o foco em locais propícios à aglomeração segue sendo ampliado.

“Nosso foco é tentar controlar. Tendo uma flexibilização do uso dos espaços, existe o risco de retorno do aumento dos números, então, focamos nas áreas com maior circulação de pessoas. Até que se diga que o risco acabou, continuaremos com esse trabalho”, reforça o diretor de operações da Emsurb, Bruno Moraes.

Até o dia 21 de outubro, o serviço de desinfecção realizou 1.677 atendimentos em 301 lugares, onde o número de lugares tem menor quantidade em relação aos atendimentos, pois, de acordo com o diretor de operações da Emsurb, a depender da necessidade, a desinfecção é realizada mais de uma vez no mesmo lugar.

“O cronograma diário depende muito do espaço que iremos atender. Por exemplo, se for um órgão como a Polícia Federal, que é grande, levamos uma tarde inteira somente lá. Mas casos, como unidades de saúde, conseguimos atender, aproximadamente, 12 por dia.Tentamos setorizar para otimizar o atendimento, diminuir tempo de deslocamento da equipe”, conta Bruno Moraes.

Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária (Revisa), da Secretaria Municipal da Saúde, Denilda Caldas, essas ações são de extrema importância para a diminuição da carga viral e bacteriológica, uma vez que se usa agentes saneantes que vão destruir esses micro-organismos.

“Diante de uma pandemia é uma ação muito eficaz, sobretudo, em ambientes que costumam ter grande circulação de pessoas. No entanto, mesmo com esse trabalho, a população, de forma individual, deve manter seus cuidados. A estratégia mais eficaz de controle da pandemia é o distanciamento social, o uso de máscara, a higienização das mãos. O vírus não deixou de circular e, por isso, cada um precisa fazer a sua parte”, alerta a coordenadora da Vigilância Sanitária de Aracaju.