Durante o ano de 2020, mesmo enfrentando limitações por conta da pandemia, a Prefeitura de Aracaju, por meio do Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), seguiu ofertando com regularidade todas as vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde, assim como também aderiu às campanhas nacionais de imunização, adequando as estratégias à nova realidade, com foco no cumprimento das metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
Foram três grandes campanhas nacionais: contra a Influenza, realizada entre 23 de março a 30 de junho; contra o sarampo e a poliomielite e a campanha de multivacinação, que ocorreram simultaneamente, de 5 de outubro a 13 de novembro do ano passado. Na primeira campanha do ano, o saldo foi de 156.742 doses aplicadas, o que corresponde a 93,79% da meta.
“Para a campanha contra a Influenza, criamos estratégias e fizemos o que chamamos de vacinação ‘extra muro’, que é feita fora das unidades de saúde. Fizemos no formato de drive thru, nos estacionamentos dos shoppings e de um centro universitário, também em algumas praças, como a Zilda Arns. Somente na ação dos estacionamentos dos shoppings vacinamos mais de quatro mil pessoas. A campanha contra a Influenza é a maior campanha que temos, até porque é a que contempla um maior público”, destacou a coordenadora do Programa de Imunização da SMS, Ana Paula Machado.
Já na campanha de Multivacinação, que teve como principal objetivo estimular a atualização da caderneta de vacinação, não são computados números e não há uma meta estabelecida.
“É uma campanha voltada para crianças menores de cinco anos, e o registro é feito apenas considerando o comparecimento e atualização da caderneta, quando necessário. Dessa forma, todas as crianças que compareceram, tiveram sua caderneta avaliada. Se elas não se vacinaram, é porque elas estavam em dia, e as crianças que se vacinaram, são aquelas que estavam com alguma pendência e atualizaram”, explica Ana Paula.
Sarampo e Poliomielite
Na campanha contra a Poliomielite, voltada para crianças de um a quatro anos, o índice ficou abaixo do estabelecido, chegando a 58,65%, o que corresponde a 19.507 doses aplicadas.
“Isso também se deve, entre outras coisas, à pandemia, porque muitas mães ou responsáveis ficaram mais receosos em levar a criança até à unidade. E como também foi uma campanha para uma dose extra, talvez isso de alguma forma também tenha influenciado”, avaliou a coordenadora.
A campanha contra o sarampo foi uma ação indiscriminada, sem meta estabelecida, tendo como público-alvo adultos com idade entre 20 e 49 anos. Na campanha de 2020 foram 35.794 doses aplicadas.
Capacitações
Visando a qualificação da oferta de serviços das salas de vacinação, a Saúde de Aracaju realizou, também, três importantes capacitações com os profissionais que atuam nessa área. A primeira delas, ocorrida no início do ano passado, teve como foco avaliar aspectos técnicos das vacinas, bem como os índices até então alcançados.
“Avaliando, juntamente com o cenário nacional, desde 2016, temos identificado uma queda nas metas e nessa capacitação também aproveitamos para refletir junto com esses profissionais da ponta, o que pode estar gerando esses números e o que pode ser feito para melhorar esse cenário. A gente sabe que é um processo lento, que é um trabalho de formiguinha mesmo, mas se começarmos a recuperar, o cenário aos poucos vai mudando”, considerou a coordenadora do Programa de Imunização da SMS, Ana Paula Machado.
Também foi realizada uma atualização sobre algumas mudanças relacionadas às faixas etárias de doses, como a da vacina HPV, que atualmente imuniza meninos e meninas com idade entre nove e 14 anos.
“A vacina é muito dinâmica, por exemplo, quando se tem uma doença e que descobre uma vacina nova e ela é inserida no Sistema Único de Saúde, por isso é importante sempre atualizar os profissionais sobre essas alterações. Por fim, tivemos também uma capacitação sobre as câmaras frias, adquiridas ao longo desses dois últimos anos, e que estão instaladas em todas as 44 unidades de saúde. Elas foram um grande ganho para o trabalho realizado nas salas de vacina”, afirmou Ana Paula.