Prefeitura amplia cuidado humanizado nas unidades socioassistenciais de Aracaju

Assistência Social e Cidadania
07/01/2021 17h10

Preocupada em ampliar o cuidado e oferecer um atendimento humanizado a usuários das unidades de acolhimento socioassistenciais geridas pela Secretaria Municipal da Assistência Social, a Prefeitura de Aracaju está realizando, durante todo este mês de janeiro, oficinas de capacitação aos 100 novos cuidadores sociais contratados por uma empresa terceirizada via processo licitatório.

Eles atuarão em Abrigos, Casas Lares e nos alojamentos provisórios ofertados pelo Município à população de rua no cuidado e prevenção ao novo coronavírus (Covid-19). De acordo com o coordenador da Proteção Social Especial da Assistência Social de Aracaju, Jonathan Rabelo, no início da atual gestão, em 2017, o total de 26 cuidadores sociais atuavam nos equipamentos. Ao decorrer dos anos, o número de profissionais foi reforçado.

“Iniciamos o ano de 2021 com a contratação de cuidadores sociais para darmos continuidade ao trabalho realizado pela gestão ao público em situação de extrema vulnerabilidade social. Desde o princípio, nosso cuidado é pautado na humanização e qualificação dos profissionais. Durante os últimos quatro anos de administração, fizemos um processo de reorganização das equipes, na qual, hoje, conseguimos alcançar um patamar de 100 cuidadores para atender a todas as crianças, adolescentes, idosos, mulheres vítimas de violência, pessoas em situação de rua, que se encontram em nossas unidades de acolhimento”, destacou Jonathan Rabelo.

O coordenador ressalta, ainda, a importância dos cuidadores sociais na política de assistência. “É um profissional que está na ponta dos nossos serviços, na base. Ele é responsável por fazer todo o cuidado necessário do usuário no seu dia a dia. Sua existência dentro das unidades é de suma importância porque vai acompanhar os processos de higienização, limpeza, alimentação, saúde, educação e atividades, cumprindo o compromisso de manter os nossos equipamentos com trabalhadores qualificados”, completou.

Durante as oficinas, os cuidadores sociais recebem orientações acerca dos cuidados com cada público específico, processos de trabalho e realizam dinâmicas de acordo com o planejamento desenvolvido por cada unidade.

A cuidadora social Lucimar Lima já atuou no Abrigo Caçula Barreto há sete meses. Agora recontratada, ela continuará desenvolvendo seu trabalho na mesma unidade. “Foi uma experiência muito boa para mim. Os adolescentes sentem falta de um afeto parental, por isso, sou chamada de mãe por uma menina que gosta da minha companhia, do meu cuidado. Gosto muito”, disse.

O cuidador Marcos Henrique Silva considera seu trabalho fundamental na vida dos usuários. Ele já passou pelo Abrigo Sorriso, Casa Lar Nalde Barbosa e, atualmente, está no Abrigo Caçula Barreto.

“Eles [os assistidos] dependem de nós. Ser um cuidador social significa muito. Em sua maioria, chegam ao Abrigo desnutridos, com problemas familiares, abandonos e nós temos que ser pais, tios, amigos. Lá, eles têm a oportunidade de ir à escola, fazer cursos, praticar esportes, entrar no mercado de trabalho. No Caçula, três pessoas me chamam e consideram como pai. Percebo o quanto o meu trabalho faz diferença na vida deles”, afirmou.