Rede de Frio da Prefeitura garante armazenamento adequado de vacinas

Saúde
21/01/2021 08h00

Nos últimos anos, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), tem investido na aquisição das câmaras frias, as quais são fundamentais para garantir a devida conservação e a eficácia das vacinas ofertadas à população. Da mesma forma, os profissionais que atuam nessas áreas vêm sendo capacitados no que compete aos protocolos de segurança na manutenção dos imunobiológicos, tanto nas câmaras frias quanto nas ações itinerantes que utilizam caixas térmicas.

O setor de Rede de Frio é o responsável por manter e distribuir, na temperatura adequada, as doses de vacinas disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde. Ele tem função importante dentro do Programa Municipal de Imunização e do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A Rede de Frio, no meu conceito, é o coração do Programa de Imunização. Porque existe toda a estrutura do programa, mas é lá que ficam as nossas vacinas e é lá que temos que garantir a integridade desses imunobiológicos, para que eles possam chegar às unidades de saúde, até o usuário, e tenha a eficácia da imunidade. Uma Rede de Frio que não for adequada ela pode comprometer todo o programa”, salienta a coordenadora do Programa Municipal de Imunização da SMS, Ana Paula Machado.

Cuidado com a temperatura
De acordo com a assessora administrativa da Rede de Frio da SMS, Nelma Vasconcelos, o cuidado com a temperatura é fundamental para garantir a qualidade dos imunobiológicos, tanto no transporte, quanto no armazenamento.

“Aqui na Rede, armazenamos as vacinas nas câmaras, com a temperatura ideal que é de 2°C a 8°C. Essa temperatura é a mesma para todas as vacinas, incluindo a CoronaVac, que recebemos pelo Butantan. Temos o caminhão refrigerado, que transporta as vacinas nos isopores com gelox, e chegando aqui elas vão para as câmaras. Quando elas chegam, organizamos, selecionamos por câmara, identificando cada uma, e com a nota fiscal, inserimos o quantitativo de cada vacina e o respectivo laboratório, no sistema IDS”, explica Nelma Vasconcelos.

Ainda segundo a assessora da Rede de Frio, diariamente, duas vezes por dia, é feito um monitoramento do controle de temperatura das câmaras. Logo pela manhã é registrada no mapa a temperatura mínima e máxima do momento. E no final da tarde, um novo monitoramento é realizado.  

“Feito o acompanhamento das temperaturas de todas as câmaras, a gente vai tirar todos os gelox do freezer, para que ele atinja a temperatura ideal antes de arrumar as caixas térmicas, que possuem termômetro e precisam atingir entre 2°C e 8°C. Quando alcançam a temperatura ideal, organizamos as vacinas de acordo com o pedido da UBS”, descreve Nelma.

Abastecimento nas UBS
Quinzenalmente, a Rede de Frio faz uso do fluxograma, que é a ferramenta utilizada para abastecer todas as salas de vacina das Unidades Básicas de Saúde da capital. Atualmente, 40 salas estão ativas com atendimento regular e quatro permanecem desativadas por realizar atendimento exclusivo para casos de síndromes gripais ou suspeitos de covid-19.

“Recebemos a solicitação das UBS via sistema, tudo é informatizado. De acordo com o fluxograma, organizamos as vacinas e fazemos a separação das seringas. Cada vacina tem uma seringa específica, daí fazemos essa organização para combinar com o quantitativo de vacinas. Com o material organizado, ele segue sendo transportado no caminhão refrigerado para as Unidades Básicas”, detalha a assessora da Rede de Frio.

Com o investimento realizado pela Prefeitura, atualmente, as 45 Unidades Básicas de Saúde de Aracaju possuem câmaras frias para o devido armazenamento das vacinas. Esses equipamentos têm o propósito de atender a exigência feita pelo Programa Nacional de Imunizações, de gerenciar riscos e aprimorar a Rede de Frio.

Capacitação dos profissionais
A partir dessa modernização no armazenamento dos imunobiológicos, a SMS vem ofertando capacitações no sentido de atualizar os profissionais sobre o uso das câmaras frias. Esses treinamentos minimizam a perda de vacinas por situações adversas, a exemplo da interrupção da energia elétrica ou eventos que possam comprometer a eficácia da vacina antes dela ser administrada.

Os profissionais que atuam nas salas de vacinação das Unidades Básicas de Saúde da capital também participaram de atualizações sobre o armazenamento dos imunobiológicos, em ações itinerantes, utilizando as caixas térmicas com gelox.

E na segunda-feira (18), também aconteceu a capacitação dos profissionais da Secretaria Municipal da Saúde para a vacinação contra a covid-19, com o objetivo de orientar sobre os protocolos e procedimentos da campanha de imunização iniciada na terça-feira (19), na capital.