Festival Colora cria espaços para espalhar representatividade em forma de arte

Agência Aracaju de Notícias
23/02/2021 10h00

A pandemia trouxe consigo um período acinzentado. Mas é também em tempos difíceis que brotam ideias capazes de afugentar, mesmo que momentaneamente, a cortina que embaça as boas sensações.
 
E o Festival Colora, projeto planejado e executado pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), tem proporcionado mais vida à cidade, no momento em que as cores parecem desbotar. 

O projeto é parte das entregas dos premiados no edital Janelas Para as Artes, da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc. Além de transformar a capital por meio das artes visuais e urbanas, a iniciativa agrega valor cultural e estimula a preservação do bem público, enchendo os olhos de quem vê com poesia em forma de cor e traços. 

O presidente da Funcaju, Luciano Correia, celebra a representatividade dos trabalhos ao destacar que Aracaju está sendo transformada em um museu a céu aberto. 

“O Festival Colora atende ao objetivo da Lei Aldir Blanc que é remunerar a cadeia produtiva na área das artes urbanas, das artes visuais, em Aracaju, que estava paralisada por conta das medidas da pandemia e que, portanto, desta forma, movimentamos o mercado", explica.
 
Segundo Luciano, a proposta do Festival é "transformar Aracaju num museu a céu aberto, numa galeria a céu aberto para a exposição dos melhores trabalhos desses artistas que se encontravam represados, e que dá, também, a oportunidade de fazer desses espaços públicos locais privilegiados, numa galeria para apresentar novas linguagens artísticas”, ressalta.

A seleção foi voltada para preencher pequenos, médios e grandes painéis. Ao todo, foram selecionados 54 produtos, entre painéis pela cidade, exposições físicas, oficinas, exposições digitais, catálogos digitais, pesquisas e feira de artes urbanas.
 
Os painéis estão sendo construídos em espaços como os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs), caixas d’água de bairros e a Estação Cidadania Radialista Carlos Magno, no conjunto Bugio.

Para o coordenador do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira, Anderson Passos, o festival é uma forma de enaltecer a representatividade diversa. 

“Quando abrimos o edital, tivemos a felicidade de que muitas linguagens se inscrevem e pudemos contemplar uma significativa parte delas. O grafite é uma marca muito forte, até porque a juventude que já vem realizando esse trabalho nas comunidades se inscreveu em massa, mas também temos pintura em acrílico, lambe, óleo sobre tela, mosaico, vídeo mapping, que é uma linguagem nova aqui na cidade, com poucas experimentações. Isso vai criar um grande panorama colorido na cidade. Os homens e mulheres artistas têm apresentado uma qualidade incomensurável. Acredito que teremos um novo capítulo relacionado às artes, combinando o tradicional e o moderno, para que a gente crie, também, uma relação de respeito”, considera Anderson. 

Seguindo prazo estipulado pelo edital, os artistas têm até o dia 25 de fevereiro para concluírem os trabalhos artísticos. Antes mesmo das entregas das obras, o Festival Colora já se apresenta como o passaporte para uma Aracaju ainda mais colorida e representativa.