Prefeitura inicia novo mapeamento da prevalência da covid-19 com servidores da Saúde

Saúde
23/02/2021 15h45

Nesta terça-feira, 23, a Prefeitura de Aracaju iniciou nova testagem nos servidores que atuam na sede da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), com o objetivo de mapear a prevalência da covid-19 entre os profissionais da rede de saúde municipal. Além dos servidores da sede, os demais profissionais que atuam nos equipamentos de Saúde do Município também serão testados. 

“Estamos fazendo uma nova rodada de testagem para os nossos servidores, em todos os equipamentos da Secretaria Municipal de Saúde. Então, além da sede, servidores da Rede de Urgência e Emergência, Rede de Atenção Psicossocial e Rede de Atenção Primária e Rede Especializada, em cada unidade, cada trabalhador terá acesso ao teste. Através do teste rápido, faremos uma pesquisa epidemiológica de percentual, sobre qual a prevalência de servidores ativos que já tiveram contato com o vírus e desenvolveram de alguma forma, o anticorpo e IGG ou IGM”, explica a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde, Taise Cavalcante. 

Nesse novo mapeamento realizado na sede da SMS, foram feitos 239 testes rápidos, tendo 214 amostras não reagentes IGG/IGM; 19 amostras reagentes IGG; uma amostra reagente IGM e sete amostras reagentes para IGG/IGM. O teste rápido não tem caráter diagnóstico, sendo assim, esse total corresponde a 11,7% de prevalência, ou seja, que esse percentual de pessoas adoeceu pela covid-19. 

Pela terceira vez, essa testagem acontece com os servidores municipais da Saúde desde o começo da pandemia. A primeira aconteceu entre os meses de abril e maio do ano passado, logo após envio de insumos pelo Ministério da Saúde, e o segundo momento ocorreu entre os meses de agosto e outubro de 2020. 

“O número de casos novos em nosso município vem diminuindo, comparando com janeiro. É um momento interessante para que a epidemiologia consiga fazer uma pesquisa de prevalência em grupo fechado, que são os nossos servidores que estão à frente. O objetivo é diagnosticar quantos servidores já foram acometidos, que já tiveram contato alguma vez com o vírus da covid”, avalia Taise. 

O servidor Thiago Henrique Santos, que atua como técnico de informática, elogiou a ação e ressaltou e o quanto o mapeamento é importante, visto que muitos dos profissionais realizam trabalho externo nas unidades de saúde do Município. 

“Já tive covid e essa é a segunda vez que participo da testagem aqui na Secretaria. É uma excelente ação, porque nos dá uma noção melhor, até porque nós estamos em contato direto com o risco, atendemos tanto hospitais, quanto as unidades básicas de saúde e estamos em contato com todos os profissionais de saúde envolvidos na linha de frente”, destaca. 

Yago Felipe Costa, agente operacional na SMS, também já testou positivo e considera importante verificar se já possui anticorpos, mesmo ciente da necessidade de manter os cuidados. 

“É importante ter acesso a essa testagem aqui e queria que acontecesse sempre, porque a gente sabe dos riscos no ambiente que a gente está trabalhando. Na informática temos diversos profissionais que trabalham externamente, nas 45 unidades, hospitais e CAPS que estão expostas ao vírus”, afirma Yago. 

Prevalência e incidência
Nesse mapeamento epidemiológico existem dois termos utilizados com frequência: prevalência e incidência. A diretora Taise Cavalcante explica que a prevalência diz respeito ao número de pessoas que adoeceram por determinadas doenças, nesse caso atual, pela covid-19. 

“Então, quando fazemos uma avaliação, a gente coloca essa prevalência para conseguir detectar qual o percentual de pessoas, nesse caso, de servidores e de profissionais de saúde, da SMS, que já tiveram contato e desenvolveram o anticorpo. É isso que a gente vai ver”, diz. 

Já a incidência é quando a pessoa testada apresenta resultado detectável e está doente no momento do teste. “São casos novos, de acordo com a população que a gente tem daquele determinado espaço. Então, conseguimos ter esse olhar e fazer essa avaliação até para orientar, apesar de saber que no caso da covid, as mutações estão fazendo com que as pessoas tenham outras vezes”, salienta Taise. 

Taise ressalta ainda que, apesar da vacinação ter iniciado na capital, a pessoa só deve se considerar protegida após um intervalo mínimo de 15 a 20 dias após o recebimento da segunda dose, e que, por isso, não se deve relaxar quanto às medidas sanitárias. 

“Só a partir da segunda dose se consegue falar em proteção. Por isso, mesmo com a vacina já acontecendo, é preciso continuar com todos os cuidados inerentes à transmissão da covid, como o uso de máscara, distanciamento social e a lavagem das mãos, para que a gente não leve o vírus”, orienta.