Fumacê contempla regiões onde há incidência de casos de doenças transmitidas pelo Aedes

Agência Aracaju de Notícias
13/05/2021 07h00

O fumacê costal, também chamado de Ultra Baixo Volume (UVB), é uma das medidas de enfrentamento ao Aedes aegypti. Semanalmente, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), divulga o cronograma para aplicação do inseticida eficaz na eliminação do mosquito, no entanto, essa aplicação não é feita de forma indiscriminada e até mesmo a população precisa ter cautela nas solicitações. 

O gerente do Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti, Jeferson Santana, esclarece em que situação o fumacê é necessário. 

“As demandas do fumacê aumentam, principalmente, no período entre os meses de novembro e março, quando há uma tendência maior ao aumento dos pernilongos, que é um período sazonal de mosquito. Consequentemente, as pessoas ficam incomodadas e fazem a solicitação. Porém, o critério que utilizamos para aplicar o fumacê é baseado no número de casos registrados de doenças transmitidas pelo Aedes. O fumacê é um trabalho complementar das nossas ações, não o serviço principal”, ressalta Jeferson.

A substância utilizada no fumacê não apresenta riscos à saúde da população, nem aos animais domésticos, a menos que seja ingerida. É um método de bloqueio de transmissão, utilizado, sobretudo, entre momentos de picos das doenças, que permite combater um número maior de casos.

Na semana passada, uma das localidades que recebeu a ação foi o bairro América, onde foi notificado caso de dengue. “Foi feito um monitoramento e foi verificado esse caso de dengue e é preciso fazer um raio de 300 metros da onde mora esse paciente para que possamos matar o mosquito transmissor. Em cada ação, temos cerca de oito pessoas trabalhando e quatro bombas que impulsionam o fumacê”, explica o agente de endemia Elielson Rodrigues. 

Após a aplicação, o inseticida fica no ar cerca de uma hora e trinta minutos, tempo suficiente para entrar em contato com os mosquitos, principalmente as fêmeas, que são as transmissoras das doenças. Nessas áreas, os agentes delimitam e fazem o bloqueio, com o objetivo de estancar a transmissão naquele espaço. Já nos pontos estratégicos, a ação é realizada uma vez por mês, nos locais considerados de grande concentração de depósitos criadouros como, por exemplo, ferros velhos e materiais de construção.

“A aplicação do bloqueio de transmissão deve ser realizada entre 5h e 7h da manhã ou, das 17h às 19h, pois são os horários de movimentação vetorial. Nesses horários o Aedes está procurando sugar o sangue das pessoas para depois se recolher. Por isso, é o momento exato para a aplicação”, complementa o supervisor de endemias da SMS, José Bonfim Oliveira.