Prefeitura somou esforços para auxiliar no resgate da vítima da queda do monomotor

Depois de quatro dias de trabalho intenso, chega ao fim neste domingo, 9, a operação para resgatar o piloto Adriano Leon, de 32 anos, vítima no acidente com o avião monomotor que caiu sobre a área de manguezal situada no bairro Atalaia, zona Sul de Aracaju, na última quinta-feira (6).

Com a estratégia adotada ontem (8), que consistiu em retirar parte da vegetação e construir um acesso de areia para que a retroescavadeira pudesse chegar até o local onde parte da fuselagem afundou no mangue, foi possível içar o motor e resgatar o corpo do piloto.

O major Sílvio Prado, coordenador da Defesa Civil de Aracaju, conta que as condições do local onde o avião caiu dificultaram demais o trabalho de resgate. “Passamos dois dias tentando retirar o motor com escavações manuais, mas devido ao fluxo da maré, foi impossível, pois todo o trabalho era perdido assim que a maré enchia”.

No terceiro dia, a equipe de resgate decidiu iniciar uma nova frente de trabalho, construindo um acesso aterrado com areia para que as máquinas de grande porte pudessem retirar o motor. “Com o auxílio de uma retroescavadeira, pudemos ter uma amplitude bem maior, chegando ao local, retirando o motor e, assim, tendo êxito em localizar a vítima”, relata o coordenador.

Desde o início da operação, a Prefeitura de Aracaju esteve presente, dando o suporte necessário para que o Corpo de Bombeiros pudesse efetuar o resgate. Além do apoio tático da Defesa Civil de Aracaju, participaram da operação técnicos da Empresa Municipal de Obras e Urbanismo (Emurb) e da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), que auxiliaram na poda da vegetação, na construção de passarelas de acesso e na instalação de gambiarras de iluminação.

A Prefeitura auxiliou, ainda, no suporte operacional, disponibilizando retroescavadeira, guindaste e caminhões de sucção a vácuo. Durante os quatro dias, agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) estiveram de plantão no local para organizar o tráfego.

Na nova etapa da operação, que exigiu a retirada da vegetação, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) passou a acompanhar os trabalhos, a fim de minimizar o impacto ambiental.

O diretor da Emsurb, Bruno Moraes, informa que a Prefeitura continuará atuando mesmo depois do término da operação. “A retroescavadeira e a escavadeira hidráulica continuarão no local até a manhã desta segunda-feira, para que possamos finalizar a limpeza. Faremos a remoção da areia utilizada para construir o acesso, depois as equipes farão a varrição da pista e, por último, a lavagem”, detalha.

Com o encerramento das operações, técnicos da Sema farão uma avaliação dos impactos e, se for necessário, farão o replantio da vegetação que precisou ser suprimida.

A queda do avião monomotor, modelo RV-10 de três lugares aconteceu por volta das 11h40 da última quinta-feira (6). O piloto deixou um passageiro no Aeroporto Santa Maria e retornava sozinho para a cidade de Unaí, em Minas Gerais, de onde partiu o voo.

Após a decolagem, o avião apresentou problemas. O piloto declarou emergência à torre de comando e fez uma manobra para desviar o avião para o manguezal, evitando que a aeronave caísse sobre as residências. 

Até o momento, não se sabe o que provocou a falha no avião. A fuselagem passará por uma perícia para identificar a causa do acidente. De acordo com os registros da Agência Nacional de Aviação (Anac), a aeronave estava em situação regular.