Prefeitura dá continuidade à operação para retirada de destroços da aeronave

Agência Aracaju de Notícias
10/05/2021 10h23

Durante quatro dias de operação, que reuniu uma força-tarefa entre órgãos do Estado e do Município, o trabalho esteve voltado para resgatar o piloto vítima do acidente aéreo ocorrido, na última quinta-feira (6), no manguezal localizado no bairro Atalaia, zona Sul de Aracaju.
 
No domingo (9), o corpo de Adriano Leon, de 32 anos, foi encontrado em meio ao mangue e, assim, já nesta segunda-feira, 10, as equipes dão seguimento à operação, agora, com foco na retirada do restante dos destroços da aeronave que ainda estão no local. 

Ao longo dos últimos dias, a Prefeitura de Aracaju tem prestado todo o suporte humano e de maquinário e ferramentas para garantir êxito na operação, dando apoio ao Corpo de Bombeiros. 

Além do apoio da Defesa Civil de Aracaju, participam da operação técnicos da Empresa Municipal de Obras e Urbanismo (Emurb) e da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), que auxiliam na poda da vegetação, na construção de passarelas de acesso e na instalação de gambiarras de iluminação. 

A Prefeitura auxilia, ainda, no suporte operacional, disponibilizando retroescavadeira, guindaste e caminhões de sucção a vácuo. Durante os últimos dias, agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) estão de plantão no local para organizar o tráfego.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, major Silvio Prado, toda a cautela foi necessária durante a operação. 

“No primeiro dia, traçamos a estratégia para içamento das peças do avião, sendo que, já no final da quinta-feira conseguimos retirar uma peça importante. No segundo dia, conseguimos retirar uma parte do corpo do piloto e insistimos, até o terceiro dia, na parte de içamento. Por volta das 12h do sábado, tomamos a decisão de entrar com a retroescavadeira para que pudéssemos chegar às áreas de difícil acesso, já que, como o corpo não emergiu, supomos que ele ainda estaria preso a alguma peça do avião. Já no domingo, por volta das 10h30, conseguimos retirar o motor e, assim, o corpo emergiu e, na presença de um dos familiares, pudemos entregar aos cuidados do IML [Instituto Médico Legal]”, relatou o major. 

Nesta segunda, contudo, as equipes se empenham para a retirada do restante dos destroços que serão enviados para o Aeroclube de Aracaju, onde será investigada a possível causa do acidente. 

Impacto ambiental 
Uma das preocupações em torno da operação, foi o cuidado com o local em que o avião caiu. Por se tratar de um local de difícil acesso, para que fosse possível resgatar o corpo do piloto, foi necessário remover parte da vegetação. Por ser área de mangue, portanto, de preservação, a preocupação foi causar o menor dano possível. Para tanto, a operação foi acompanha pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema). 

Com a iminência da conclusão da operação, a Sema fará uma análise da área e, caso seja necessário, será realizada a recomposição do mangue, de forma gradativa. 

O acidente 
A queda do avião monomotor, modelo RV-10 de três lugares aconteceu por volta das 11h40 da última quinta-feira (6). O piloto deixou um passageiro no Aeroporto Santa Maria e retornava sozinho para a cidade de Unaí, em Minas Gerais, de onde partiu o voo.

Após a decolagem, o avião apresentou problemas. O piloto declarou emergência à torre de comando e fez uma manobra para desviar o avião para o manguezal, evitando que a aeronave caísse sobre as residências. 

Até o momento, não se sabe o que provocou a falha no avião. A fuselagem passará por uma perícia para identificar a causa do acidente. De acordo com os registros da Agência Nacional de Aviação (Anac), a aeronave estava em situação regular.