Os assistentes sociais da Prefeitura e suas diferentes áreas de atuação

Assistência Social e Cidadania
15/05/2021 07h32

Responsáveis por promover o bem-estar social com equidade e o acesso dos aracajuanos socialmente vulneráveis às políticas públicas municipais, bem como viabilizar as estaduais e federais, os assistentes sociais atuam em 30 unidades socioassistenciais e na administração municipal da capital sergipana, cada um com suas atribuições.

Em comemoração ao Dia Nacional do Assistente Social, celebrado neste sábado, 15, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, reconhece o papel dos 129 assistentes sociais que cumprem mais do que uma função profissional.

A secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos, está na política de assistência social há mais de 15 anos. Formada em Serviço Social com especialização em Gestão de Conflitos, Mediação Familiar, Gestão de Pessoas e Psicologia Organizacional, ela já atuou como coordenadora de uma unidade socioassistencial, foi assessora técnica administrativa, assessora executiva, secretária-adjunta e, há dois anos, está à frente da Secretaria.

“Desde a faculdade, nos preparamos para lutar pelo acesso de cidadãos em situação de pobreza e extrema pobreza, que mais detêm da política de assistência social. Ser assistente social é ter um olhar aguçado para identificar as necessidades dos usuários e possibilitar a melhora da qualidade de vida, através do nosso fazer profissional. Somos todos heróis, sobretudo, em meio à readequação do trabalho e das vulnerabilidades multiplicadas com a chegada da pandemia do coronavírus. Agradeço a cada um pelo empenho no desenvolvimento do seu trabalho e desejo discernimento para enfrentarmos os desafios diários. Quando tudo isso passar, não seremos mais os mesmos. Sairemos dessa ainda mais humanos e fortalecidos”, observou.

Na atual gestão, o assistente social ocupa diferentes áreas de atuação dentro do campo profissional, como diretoria, gerência, coordenadoria, referência e assessoria técnicas nas Proteções Sociais Básica (PSB) e Especial (PSE) de Média e Alta Complexidade, Coordenadoria de Programas e Benefícios Socioassistenciais, Diretoria e Coordenadoria de Políticas de Transferência de Renda e Coordenadoria de Prestação de Contas, de Convênios e Fundos.

Na PSB, eles atuam em 17 Centros de Referência da Assistência Social (Cras), com os Serviços de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif) e de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e no Programa Criança Feliz (PCF). Seu papel é conhecer a realidade local, identificar famílias em situação de vulnerabilidade social e fazer com que elas acessem seus direitos e garantias, a exemplo da inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais municipais e federais. Também previnem situações de vulnerabilidade, risco social e fortalecem os vínculos familiares e comunitários através de ações socioeducativas e dos serviços socioassistenciais.

A assistente social e diretora das Proteções Sociais Básica e Especial da Assistência Social de Aracaju, Roberta Salgado, atua na área há 19 anos. Ela já exerceu seu papel em outros municípios sergipanos como Lagarto e Estância. Na secretaria há 11 anos, também já integrou a Coordenadoria de Prestação de Contas, de Convênios e Fundos.

“Nenhum ser humano deveria experienciar condições desumanas de existência. Somos profissionais imbuídos em contribuir para mudar os rumos das políticas sociais de um país. Quando entrei na universidade, sabia dos desafios impostos. Desde então, busco realizar meu trabalho embasado nos princípios e valores identificados no projeto societário defendido pela categoria profissional. Estar à frente do Departamento da Política de Assistência Social da nossa capital, me faz redobrar o compromisso enquanto profissional e cidadã, tendo em vista a percepção de cuidado com os colegas de trabalho do Sistema Único de Assistência Social e os usuários dentro das Proteções Sociais Básica e Especial”, detalhou Roberta.

No âmbito da PSE de Média e Alta Complexidade, nos quatro Centros de Referência da Assistência Social (Creas), quatro Casas Lares, três Abrigos, uma casa de acolhimento institucional, o Acolher, um Centro de Referência Especializado para Pessoas com Deficiência (Centro DIA) e um Centro Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro POP), os assistentes sociais fazem o acompanhamento de famílias e indivíduos que tiveram seus direitos violados ou ameaçados, a exemplo de abandono, violência, vivência de trabalho infantil, entre outros, realizam um atendimento especializado para Pessoas com Deficiência (PcDs) e situação de rua, bem como, o acolhimento institucional de crianças, adolescentes e pessoas em situação de rua.

O coordenador da PSE da Assistência Social do município, Jonathan Rabelo, revela que escolheu essa profissão devido às suas origens. "Sempre busquei contribuir em mudanças societárias que pudessem construir caminhos, alternativas para a população, em especial, das pessoas mais vulneráveis, e a profissão me permite buscar isso diariamente. Estou na Proteção Social há quatro anos desempenhando um papel na gestão que é uma oportunidade para realizar e contribuir com os processos de mudanças na vida de diversas pessoas, lutando pelos seus acessos na garantia de direitos e humanização dos espaços. Tento honrar ao máximo esse espaço que ocupo. Amo verdadeiramente o que faço. Ser assistente social é uma realização profissional, é estar satisfeito todos os dias ao sair de casa para o trabalho”, exprimiu.

Na Diretoria de Habitação, o trabalho é voltado na identificação de famílias aracajuanas de baixa renda que vivem em assentamentos subnormais e áreas de degradação ambiental para a inclusão em programas de moradia. Também é realizado o reassentamento de famílias cadastradas pela secretaria em unidades habitacionais com recursos conquistados a partir de financiamentos, auxiliando as famílias na superação das vulnerabilidades apresentadas, promovendo assim, a qualidade de vida.

A Coordenadoria de Políticas de Transferência de Renda é responsável por gerenciar o Cadastro Único na capital para famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, como o Programa Bolsa Família, além de ações e mutirões itinerantes para inscrição de cidadãos no CadÚnico em diversos pontos da cidade.

A data

O Dia do Assistente Social surgiu a partir da aprovação da Lei nº 3.252, de 27 de agosto de 1957, pelo Decreto do Conselho de Ministros nº 994, de 15 de maio de 1962, que regulamentou e oficializou a profissão no Brasil. Em 1993, no entanto, a Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993, houve uma nova regulamentação da profissão. Em homenagem à regulamentação inicial da profissão, em 1962, o dia 15 de maio é considerado o Dia Nacional do Assistente Social.