Festival Colora leva a arte visual e urbana dos artistas locais a toda a cidade

Agência Aracaju de Notícias
22/06/2021 08h30

O Festival Colora, iniciado no dia 25 de fevereiro, é uma das iniciativas da Prefeitura de Aracaju para atender ao objetivo da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (LAB), ou seja, remunerar a cadeia produtiva da cultura, afetada pelas medidas restritivas de combate à pandemia da covid-19.

O projeto, planejado e executado pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), tem avivado as paredes dos espaços públicos e até mesmo particulares da capital sergipana.

"Sou de Belo Horizonte e estou em Aracaju para rever amigos e conhecer a cidade. Estou achando essa iniciativa muito importante, porque transforma a paisagem morta em arte visual e transforma a cara da cidade", diz o turista de Minas Gerais, Emerson Rocha, de 48 anos, ao visualizar um dos painéis do Colora.
 
O festival visa incentivar, sobretudo, o trabalho do artista local, além de fomentar a cadeia produtiva da arte visual, com grandes obras retratadas em painéis e paredes de espaços urbanos, promovendo um impacto visual na população, sempre conservando as características daquela comunidade e da identidade do profissional que desenvolveu a obra.
 
"Eu vejo essa iniciativa em diversas capitais do país. Em Belo Horizonte, por exemplo, tem esse tipo de painel na fachada dos edifícios. É uma arte muito bonita. A pintura leva, para quem está chegando na cidade, uma boa impressão e a gente vê uma pintura muito bem feita. Mostra a arte da cidade, a cultura do povo. É um incentivo aos artistas locais e o incentivo à população a conservar essa arte e refletir sobre a mensagem dos artistas. Parabéns à Prefeitura, porque transforma a paisagem morta em arte visual e isso é muito importante", destaca Emerson.
 
Um desses painéis artísticos está colorindo as fachadas da Unidade Básica de Saúde (UBS) Dona Sinhazinha, situada na avenida Hermes Fontes, com a retratação de uma criança e uma senhora, no momento íntimo de fé, arte que encantou a dona de casa Maria Zema Almeida dos Santos, 50. Ela mora no bairro São Conrado e classificou a obra como "maravilhosa".

"Acho legal essa iniciativa, porque é o espaço para o artista mostrar a sua arte. Fica uma paisagem mais alegre no dia a dia das pessoas que passam por aqui. É bem interessante e gostei demais. Ao observar a pintura, percebo que passa uma mensagem, como aquela senhora estampada na parede, representa uma pessoa sofrida, com fé. A outra vejo o profissionalismo dos enfermeiros e sua importância para a população. Gostei muito e espero que tenha em outros locais", elogia a dona de casa.
 
O Festival Colora contempla 54 produtos entre painéis pela cidade, exposições físicas, oficinas, exposições digitais, catálogos digitais, pesquisas e feira de artes urbanas. Para a construção dos painéis, foram utilizados espaços como os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs), caixas d’água de bairros e a Estação Cidadania Radialista Carlos Magno, no conjunto Bugio.

Para o presidente da Funcaju, Luciano Correia, a proposta do Festival é "transformar Aracaju num museu a céu aberto, numa galeria a céu aberto para a exposição dos melhores trabalhos desses artistas que se encontravam represados, e que dá, também, a oportunidade de fazer desses espaços públicos locais privilegiados, numa galeria para apresentar novas linguagens artísticas”.