Festival Serigy Rock reforça política cultural de Aracaju, que engloba diversas tribos

Cultura
31/10/2021 11h06

Os dois dias do Festival Serigy Rock, com 10 atrações sergipanas e mais de dez horas de rock and roll, foram muito mais do que um evento de fim de semana da Maratona Cultural. O encontro de bandas do autêntico rock e de seus tantos entusiastas, reforça uma política cultural da Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), que abraça todas as tribos musicais através de projetos distintos, contemplando os gostos da plural cena cultural aracajuana.

O presidente da Funcaju, Luciano Correia, atesta que no curso da execução da Lei Aldir Blanc, uma das prioridades da gestão tem sido dinamizar os eventos culturais para que diversos nichos sejam abarcados. "No exercício de uma política que contempla também a diversidade de ritmos e estilos musicais, o velho e legendário Rock and Roll jamais poderia ficar de fora, ainda mais porque temos em Aracaju uma longa tradição roqueira. O festival de rock no Taberna é mais um projeto da Funcaju que comprova a acertada destinação da Lei Aldir Blanc como instrumento de política cultural", enaltece.

Além da importância cultural, o Festival Serigy Rock, concluído neste sábado, 30, representou mais um passo que fortalece a retomada econômica do setor de eventos, com a reabertura do Taberna Rock Bar, estabelecimento que é popularmente conhecido como a ‘Casa do Rock’ em Aracaju, e que numa parceria com a Prefeitura de Aracaju, foi a casa do primeiro Festival Serigy Rock.

Para o proprietário do estabelecimento, um momento de muita comemoração. “Fico muito grato por ter sido criada essa lei (Lei Aldir Blanc), para beneficiar o setor de eventos e quem trabalha de forma geral, como artistas e técnicos. Aqui pudemos reunir dez bandas totalmente sergipanas, a maioria com trabalho autoral, outras cover, e eu não consigo lembrar a última vez que eu fui num evento como esse, que abraçasse a causa do rock sergipano em si. É uma satisfação gigante”, destaca Rafael Xisto.

As dez atrações que se apresentaram no festival foram: Double Trouble, Mad Fox, Maua, Inrisório, Nucleador, Mr. Skull, Blue Filter, D’Veras, Black Smoke e Running Back. Nos dois dias de festa, o estabelecimento precisou manter os cuidados sanitários previstos em decreto, controlando a quantidade de pessoas dentro do bar e garantindo higienização das mãos com álcool em gel no acesso ao estabelecimento. Para quem não conseguiu ir ao evento, todos os shows foram transmitidos pelo canal do Youtube do Taberna Rock Bar.

Vocalista das bandas Double Trouble e Mad Fox, Vanessa Locklart comemorou o retorno aos palcos em um festival de rock. “Achei super importante o apoio da Funcaju para que a gente voltasse com tudo. O último ano de pandemia em alta foi um momento muito triste, porque fomos uma das categorias que mais sofremos, junto com os bares, e com esse apoio, a gente começa a se reerguer. Relembrar os festivais antigos é maravilhoso. Quando soubemos da reabertura da casa, foi uma comoção. O público do rock precisa de um espaço próprio, a gente precisa de mais e isso tem sido fundamental”, pontua.

Quem compartilha do mesmo sentimento é o Harrison Mendonça, da Mr. Skull. Para ele, foi uma chance importante da banda mostrar o trabalho autoral. “É um privilégio, porque a cena do rock é muito específica, pessoas com gosto muito peculiar, sobretudo no Nordeste brasileiro. Ser chamado para um projeto como esse, e mostrar nosso trabalho autoral, é motivo de orgulho, porque a gente compõe, estuda, a gente escreve, a gente investe muito do nosso trabalho intelectual nisso. Então fazer parte é muito importante, não só para a gente, mas também para as pessoas que gostam do estilo de rock, porque aqui encontramos uma espécie de link que une todos”, elogia.