A execução dos recursos da Lei Aldir Blanc impulsionou a aplicação de políticas culturais em Aracaju, pois a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), tornou os editais amplos, transparentes e em condições de paridade. A gestão municipal reverteu os R$ 4.680.135,30 milhões da lei de fomento em políticas culturais, beneficiando diversas linguagens artísticas e agentes culturais de todos os perfis em condições igualitárias.
O empenho e comprometimento da gestão cultural aracajuana faz com que neste sábado, 20, data em que se celebra o Dia da Consciência Negra, Aracaju seja destaque nacional pelo trabalho desempenhado não só em ações em prol do combate ao racismo, mas também de políticas efetivas que permitem a equidade para artistas de diversas identidades étnico-raciais nos projetos da Lei Aldir Blanc.
Ao longo da execução da Lei, a Funcaju conseguiu contemplar 562 propostas de um universo de mais de 900 projetos inscritos, o equivalente a 57,4%. Entre os profissionais contemplados, 350 são artistas que se autodeclararam pretos ou pardos, representando aprovação de aproximadamente 60% do total de propostas neste recorte étnico-racial.
Para o presidente da Funcaju, Luciano Correia, os números de contemplados evidenciam as condições de paridade para os candidatos inscritos nos editais. “Conseguimos contemplar os melhores projetos, com qualidade artística, e, ao mesmo tempo, corresponder a uma política que alcança a diversidade”, pontua.
O reflexo dessa política pode ser testemunhada semanalmente, durante as entregas dos projetos fomentados pela Lei Aldir Blanc, na Maratona Cultural de Aracaju. Parte desses projetos abrange questões de representatividade, empoderamento, o sentimento de pertencimento e promoção de debates sociais em prol do reconhecimento da cultura do povo negro e combate ao racismo.
Na semana em que se celebra o Dia da Consciência Negra, a Prefeitura promove atividades especiais no Centro Cultural de Aracaju alusivas à data. Desde a última quinta-feira (18), a unidade cultural já recebeu apresentações musicais, teatrais e rodas de conversa de empoderamento do povo negro.
O vocalista da banda Afoxé Di Preto, Allan D’Xangô, que se apresentou nesta sexta-feira, 19, na praça General Valadão, em frente ao Centro Cultural, enalteceu a importância da Lei Aldir Blanc.
“É muito especial ter sido contemplado porque é um reconhecimento do nosso esforço e do nosso trabalho. Poder levar o axé pra dentro da cultura é extremamente importante porque prova o que sempre dizemos que o som do nosso tambor nunca vai se calar”, diz.
A programação da Semana da Consciência Negra será encerrada neste sábado, 20, data dedicada à memória de Zumbi dos Palmares, com show musical da banda Mania de Ser, na praça General Valadão, em trio elétrico, seguido por apresentação de Hip Hop do DJ Preto JB e seus comparsas.
