Mais uma etapa do Projeto de Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE-Aracaju) está sendo executado pela Prefeitura de Aracaju. Com mentoria de Omar Lunardi, engenheiro cartográfico, referência nacional na área com experiência em todo o país, os técnicos da Secretaria Municipal da Fazenda (Semfaz) e dos demais órgãos envolvidos neste trabalho estão sendo capacitados para a análise e fiscalização dos pontos cartográficos de controle da cidade.
“Estamos aqui suprindo uma deficiência, tanto de equipamento quanto de qualificação. Com o curso teórico e depois a realização da prática que vamos executar, o corpo técnico da Prefeitura de Aracaju estará capacitado, não somente para verificar a qualidade do produto final que será entregue pela empresa contratada para executar o mapeamento, mas também para executar este tipo de serviço com autonomia”, pontuou o especialista.
Segundo Omar Lunardi, após esta experiência, a equipe envolvida no projeto estará habilitada para prosseguir nesse intenso trabalho, que requer bastante dedicação e investimento, mas que é essencial para o resultado final.
“É fundamental, não apenas neste momento, mas para o futuro, pois é importante que a Prefeitura dependa minimamente de contratações. A gestão terá autonomia para executar as próximas etapas sozinha”, enfatizou.
Ao final, para ele, a capital sergipana estará em um patamar de destaque, com uma base multifinalitária que pode ser considerada uma das mais modernas do país. “Tenho 35 anos de experiência em produção e execução desse serviço e digo que o que está sendo produzido aqui é um produto que deixa a Prefeitura de Aracaju, digamos, em um estado de arte em termos não apenas de Brasil, mas do mundo. Realmente, é muito avançado o procedimento que está sendo adotado aqui”, avaliou.
Condições técnicas
A coordenadora de geoprocessamento da Semfaz, Manuela Nascimento, reiterou que a capacitação dos profissionais é mais um grande passo para a produção de um trabalho consistente e de qualidade.
“Para produzir uma infraestrutura de dados espaciais a gente precisa ter condições técnicas de fiscalizar os produtos cartográficos que vamos receber dos serviços contratados. E este curso engloba tanto a parte de análise de materiais quanto a prática em campo”, disse.
Na prática, de acordo com Manuela, a Prefeitura de Aracaju marcará pontos de controle em Aracaju para que o material georreferenciado que será entregue pela empresa contratada seja fiscalizado com maior rigor e qualidade. “Precisamos de produtos que tenham alta precisão, tanto de posição quando de altimetria”, ressaltou.
Além da Fazenda, técnicos da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Aracaju (SMTT), das Secretarias Municipais da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), do Meio Ambiente (Sema), e do Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPLOG), bem como das Empresas Municipais de Serviços Urbanos (Emsurb) e de Obras e Urbanização (Emurb) estão envolvidos nesta etapa.
Para a assistente de gabinete em Geologia da Defesa Civil, Arielma Rodrigues, a IDE-Aracaju veio para surpreender, pois é um projeto robusto, que traz muita novidade para a cidade, em especial, para quem já atuava nesse trabalho de geoinformação.
“Já existia uma determinada produção de dados no município, mas não nestes moldes, com essa riqueza de tecnologia e informação. Dá muito orgulho de fazer parte disso, sabe? Estamos aprendendo em cada etapa e construindo um produto grandioso”, opinou.
O diretor de Planejamento de Sistema da SMTT, Diego Carvalho, falou sobre a importância do projeto para a área em que atua. “Quando se trata de mobilidade, o georreferenciamento torna-se essencial. As paradas de ônibus, os abrigos, a própria sinalização semafórica, tudo é permeado por este mapeamento. Então temos participado de cada fase do IDE-Aracaju com muito orgulho”, definiu.
