Por intermédio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), a Prefeitura de Aracaju realizou, na manhã desta sexta-feira, 3, a Segunda Oficina de Apresentação do Plano de Manejo do Parque Natural Municipal (PNM) do Rio Poxim. Realizada de modo online, a oficina visou apresentar uma parte dos resultados do Diagnóstico Socioambiental do Plano, cujo propósito é orientar o gerenciamento dos recursos naturais desta Unidade de Conservação.
Para o secretário do Meio Ambiente, Alan Lemos, o Parque Poxim é uma Unidade de Conservação fundamental para manter os ativos ambientais da cidade e assegurar uma área reservada de vegetações nativas, como a restinga e os manguezal, para o aproveitamento de nossas gerações e das gerações futuras.
O Plano de Manejo está sendo elaborado pela Sema em conjunto com a empresa especializada Arcadis SA e foi possibilitado por conta do contrato firmado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Segundo o secretário, essa elaboração foi dividida em cinco etapas: a de coleta, análise e sistematização de dados; a do diagnóstico socioambiental; a de zoneamento; a do Plano de Gestão e a do Produto final.
“Nós estamos, neste momento, apresentando para a comunidade de Aracaju uma nova etapa desse processo técnico, que é o diagnóstico de todos os aspectos relacionados ao Parque nos últimos meses que fizemos, por meio de várias visitas técnicas. Ao passo que conhecemos melhor as áreas do PNM, aspectos de fauna e flora, maior será a nossa capacidade de realizarmos uma boa intervenção”, afirma Alan Lemos.
A representante da Arcadis SA e coordenadora do projeto, Rovena Teodoro, explica que dividiu a apresentação dos principais resultados do diagnóstico socioambiental em diferentes blocos de explicações.
“Os blocos apresentados foram: Meio Abiótico, no qual foram apresentados temas como clima, solo e recursos hídricos; Meio Biótico, com apresentação de informações acerca da vegetação, da flora e da fauna; e Meio Socioeconômico, no qual se mostrou a realidade do uso e ocupação do entorno da UC”, detalha.
A parte final da apresentação foi dedicada a uma explicação referente ao uso público. Rovena Teodoro conta que buscou apresentar o conceito adotado para os futuros projetos de uso, bem como possíveis áreas para as atividades de educação ambiental, lazer, recreação, entre outras.
A oficina contou com a participação de conselheiros municipais do Meio Ambiente, representantes de instituições da sociedade civil, além de técnicos da Sema e da empresa Arcadis SA.
O estudo agora segue para a fase de zoneamento e a de elaboração dos planos e programas de gestão do Parque Poxim. “Passo a passo, nós estamos construindo um documento efetivo, para que transformemos o PNM Poxim em um ambiente de aproveitamento e sensibilização de toda a sociedade, respeitando, é claro, todos os limites de uma Unidade de Conservação”, destacou o secretário Alan Lemos.
Unidades de Conservação e Plano de Manejo
As Unidades de Conservação são espaços territoriais, regidos pela Lei nº 9.985/2000, de características naturais relevantes, protegidos pelo Poder Público para a conservação de seus recursos ambientais. De acordo com o diretor da Assessoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Sema, Gibran Boaventura, uma das possibilidades para essas áreas é a de criá-las como parques, como é o caso do Poxim.
A criação de Unidades de Conservação é uma das prioridades da Prefeitura e faz parte do Planejamento Estratégico da gestão municipal. “O estabelecimento dessas Unidades é importante, pois contribui para a consolidação de uma Política e uma Gestão Ambiental mais forte, que olha para a proteção do território, da biodiversidade e do ecossistema de forma mais forte e qualificada”, considera a analista ambiental da Sema, Carla Zoaid.
“É uma forma de se preservar a fauna, a flora, os recursos hídricos, enfim, todo o ecossistema de uma determinada área para manter sua continuidade, independentemente do lapso temporal”, disse Gibran.
