Com investimento de R$4,7 mi, Aracaju fomentou 568 atividades culturais em 2021

Agência Aracaju de Notícias
31/12/2021 09h00

Os efeitos da pandemia acarretaram inúmeros desafios e o setor cultural foi um dos que mais sentiu os reveses do período. O ano de 2021, contudo, foi marcado pelo fortalecimento da política cultural na capital sergipana. A Prefeitura de Aracaju, com recursos da Lei Aldir Blanc, investiu cerca de R$4,7 milhões para a realização de um amplo conjunto de atividades artístico-culturais, atingindo um público de mais de 50 mil aracajuanos e turistas. 

Por intermédio dos editais executados pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), a capital sergipana conquistou a posição de sexta melhor do país em utilização dos recursos da Aldir Blanc, chegando à realização de 568 atividades nas mais variadas áreas, fruto de um trabalho minucioso desenvolvido pelas equipes da pasta cultural, que considerou as diversas linguagens da arte e cultura local e o momento de dificuldade imposto pela pandemia da covid-19. 

Conforme o presidente a Funcaju, Luciano Correia, o foco foi descentralizar os recursos para beneficiar a maior quantidade possível de cadeias e agentes culturais. “O setor cultural, em suas diversas áreas, foi um dos primeiros a fechar e um dos últimos a reabrir. Então, a lei emergencial Aldir Blanc veio em um momento necessário, para que pudéssemos desenvolver políticas públicas na área da cultura para enfrentamento dessa crise”, enfatiza.

A distribuição dos recursos foi feita através de editais, a exemplo do “Janelas para as Artes”, que contou com pareceristas internos e externos e selecionou projetos em sete eixos: audiovisual; música; literatura; artes visuais e arte urbana; ações afirmativas e cidadania; economia criativa; e quadrilhas juninas e cultura popular. Além do edital destinado aos técnicos da área cultural e do auxílio a espaços culturais.

O investimento da Lei Aldir Blanc foi o maior para a área da cultura da história de Aracaju, como ressalta Luciano. “Trabalhamos intensamente, muitas vezes de domingo a domingo, para que pudéssemos fazer o repasse para os artistas e garantir o máximo aproveitamento dos recursos. Foi um desafio que encaramos e, diante das dificuldades, conseguimos avançar. Nós nos reinventamos e iniciaremos o próximo ano com novas perspectivas de futuro”, considera.

Desfecho exitoso
Na área da música, foram viabilizados 152 shows e apresentações, o lançamento de 62 álbuns e singles, e de 51 videoclipes. Na literatura, foram publicados oito livros em formato impresso e outros 10 projetos de criação literária e publicação em formato digital. Nas artes cênicas, foram realizadas 63 apresentações virtuais e presenciais.

Foram realizadas, também, 18 exposições físicas e virtuais, e 28 criações em artes visuais, como grafites, pinturas e esculturas, instalados em locais públicos. O eixo de audiovisual possibilitou o licenciamento de 29 obras, a execução e exibição de 27 filmes, e elaboração de sete roteiros e quatro webséries.

Abrangendo todas as áreas, foram realizadas ainda 41 oficinas e workshops, 15 festivais e mostras, 14 pesquisas e 9 webnários; além de 11 apresentações de quadrilhas juninas e cultura popular, 10 ações voltadas para ações afirmativas, e 8 iniciativas de economia criativa.

Demais ações 
Para além dos recursos propiciados pela Lei Aldir Blanc, a Prefeitura realizou, em 2021, outras ações culturais, como a segunda edição do Forró Caju em Casa, marcado pela retomada do Fórum do Forró e por 14 dias de muita música, com a apresentação de 82 atrações musicais, quase 100 horas de shows, mais de 173 mil visualizações nas exibições do YouTube, além da transmissão nas TVs Alese, Câmara de Aracaju e Atalaia; nas rádios 103 FM e PMA Corredor. 

O ano foi marcado, ainda, pelo lançamento do AjuPlay, plataforma de streaming pioneira, que divulga conteúdos culturais produzidos por artistas aracajuanos de forma gratuita para a população. Com acervo atualizado constantemente, o AjuPlay reúne produções como filmes, curtas-metragens, documentários, apresentações musicais, de dança e de artes cênicas.

O presidente da Funcaju destaca que além dos números expressivos, o incentivo à cultura proporcionou benefícios para toda a população, não só para os trabalhadores da cultura. 

“A arte é uma necessidade, e em um momento tão difícil quanto esses dois anos de pandemia, foi fundamental para que pudéssemos ter esperança e não esmorecer. Encerramos este ano com a sensação de dever cumprido, comemorando os resultados que foram alcançados e entregue à sociedade”, completa Luciano.