Pessoas não vacinadas e com doses em atraso favorecem novas variantes do coronavírus

Saúde
14/01/2022 15h00

Mesmo com todas as estratégias de imunização implementadas pela Prefeitura de Aracaju, como vacinação itinerante, imunizante em 44 Unidades Básicas de Saúde, no drive-thru no Parque da Sementeira, um público de 41.761 pessoas ainda precisa completar o esquema vacinal. Essa população com vacinação incompleta somada às 40.509 pessoas que ainda não tomaram nenhuma dose contribuem para o aumento da circulação de coronavírus na capital.

De acordo com a médica infectologista da SMS, Fabrízia Tavares, a não adesão à vacinação mantém a transmissibilidade do vírus, aumentando a chance de o vírus sofrer uma mutação. Ela destaca que vacinação é sinônimo de consciência coletiva, já que reflete na saúde de toda a população.

“Enquanto as pessoas insistirem em não tomar vacina, a população continuará em um ambiente propício para a manutenção da circulação dessa variante Ômicron e também o surgimento de outras variantes. Quem não se vacina, não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas. Só conseguiremos voltar para a normalidade quando diminuir a circulação do vírus”, relata.
 
Fabrizia explica que a vacina não impede que o contágio, mas previne formas graves da doença e óbito. 

“Quando uma pessoa não completa seu ciclo vacinal e não recebe o seu reforço, é natural que, após um tempo da vacina, os níveis de proteção de anticorpos caiam, deixando a pessoa suscetível novamente. Já foi constatado que a Ômicron tem um escape imune à vacina, ou seja, quem já foi vacinado pode sim ter covid novamente, principalmente pela nova variante que já é prevalente no Brasil e em todo o mundo”, enfatiza.