Prefeitura inicia formação para cuidadores da rede municipal de ensino

Educação
17/01/2022 12h55

Dezenas de trabalhadores da Educação iniciaram nesta segunda-feira, 17, mais uma formação. Trata-se de cuidadores da Educação Especial e cuidadores e professores recém-contratados da Educação Infantil. A formação, promovida pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), é focada para o ano letivo de 2022.

O curso de formação está sendo realizado no Auditório Antônio Vieira, anexo à Emef Presidente Vargas. Para manter as medidas de segurança sanitária e evitar aglomerações, os profissionais foram divididos em quatro turmas, sendo dois dias de formação para cada uma.

“Crianças na primeira infância estão na fase de desenvolvimento, de descoberta de vida. E o cuidar não é somente dar comida, dar banho. É também dar atenção, é o carinho, é o olhar. É proporcionar o desenvolvimento da criança através do brincar e das relações sociais. O papel do cuidador é de fundamental importância para a Educação Infantil e para a Educação Especial e formações como esta buscam agregar ainda mais conhecimento às rotinas pedagógicas”, afirma a secretária municipal da Educação, Cecília Leite.

Entre os temas abordados na formação, o desenvolvimento da criança através das brincadeiras será um dos focos. Participam tanto educadores que já fazem parte da rede, como uma forma de reciclagem, e também profissionais que foram lotados recentemente em suas respectivas escolas.

“Vamos tratar de diversos temas, entre eles, a ideia do brincar como algo inerente à criança, como o principal eixo de diálogo da criança com o mundo e para sua aprendizagem. Algumas pessoas têm a ideia de que brincar é ocupação do tempo livre da criança, mas a brincadeira entra em todos os momentos, inclusive no convencimento da criança a ter uma alimentação saudável, a aprender a tomar banho corretamente, por exemplo”, explica a coordenadora de Educação Infantil da Semed, Núbia Lira. 

Também haverá oficinas de histórias, palestras sobre competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ocupação e organização dos espaços, relação das crianças com os adultos, entre outras abordagens. A primeira palestra da formação foi sobre brinquedoteca inclusiva, mostrando como todas as ferramentas disponíveis na escola podem ser utilizadas para a inclusão, seja daquele aluno com alguma deficiência ou não. 

“Na educação especial, também estamos trabalhando a importância do brincar para alunos que são nosso público-alvo, tema que ainda tem gerado algumas dúvidas. Também estamos falando sobre a importância dos profissionais de apoio da Educação Inclusiva e estamos fazendo a formação junto com a Educação Infantil porque, antes de qualquer coisa, uma criança que tem deficiência não é uma criança da educação especial, como é comum ouvir. Toda criança é aluna da escola, é um estudante como todos os outros, seja da educação infantil, do ensino fundamental, médio ou superior, não precisa ser algo separado. A Educação Inclusiva é uma modalidade transversal e precisamos quebrar essas barreiras. Aqui temos cuidadores de creche e da Educação Especial tratando das mesmas temáticas para que as barreiras sejam quebradas desde já”, aponta a coordenadora de Educação Especial da Semed, Thaísa Aragão.

Milena Alves é cuidadora da Educação Especial há quatro anos. Durante este período, participou de outras formações e considera importante a reciclagem. “Todo esse conhecimento adquirido é importante para nos ajudar a lidar da melhor forma com as crianças no dia a dia. Essas palestras vêm para agregar na hora de pôr em prática, principalmente em relação aos brinquedos, que é fundamental para o desenvolvimento deles”, afirma.

Teresa Cristina Santos também é cuidadora há quatro anos e trabalha na Educação Infantil na Emei Berenice Campos. Ela entende que a sua profissão exige constantes atualizações e reciclagens e que o papel do cuidador vai muito além de cuidados básicos.
 
“Os temas são muito bem abordados. Nós temos que nos colocar no lugar da criança e proporcionar brincadeiras e muita alegria para elas.  Algumas já vem de casa carente de carinho e de atenção dos pais e temos que saber acolhê-las. Às vezes me sinto como se fosse mãe dessas crianças”,  comenta Tereza.