Prefeitura realiza festival para expor resultados de cursos ofertados a moradores do 17 de Março

Agência Aracaju de Notícias
28/01/2022 19h01

A tarde desta sexta-feira, 28, foi um momento para reunir potencialidades da comunidade do 17 de Março. Na localidade, a Prefeitura de Aracaju realizou o Festival de Delícias, Artes e Cultura, evento que serviu como vitrine para mostrar os resultados dos cursos ofertados no bairro a partir do “Programa de Requalificação Urbana - Construindo para o Futuro”, uma contrapartida às obras de urbanização e infraestrutura financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O espaço escolhido para abrigar o festival não poderia ser mais significativo: a Praça 7, uma das obras do Programa Construindo para o Futuro. Durante o evento, além das gostosuras gastronômicas e das belezas dos artesanatos, o evento contou apresentações artísticas, como dança, teatro e música, e stands institucionais e outros de troca de livro, varal de poesias e pintura corporal, tendo como protagonistas os moradores do bairro, uma região cujos investimento da Prefeitura estão presentes em diversas áreas. 

A secretária municipal da Assistência Social, Simone Santana, ressalta que o festival, bem como os cursos e obras que estão sendo executados no 17 de Março, tem como uma das finalidades mostrar aos moradores do bairro que eles têm muito a agregar para o desenvolvimento, não só da própria comunidade, mas da cidade como um todo. 

“É um evento essencial para mostrar a importância dos espaços públicos e da preservação dos mesmo, mas também do protagonismo da comunidade. Dentro das comunidades, encontramos muitas pessoas que têm múltiplas habilidades e essa contrapartida da Prefeitura vem dar uma alavancada na vida de muitas dessas pessoas, estimulando o empreendedorismo. O trabalho social que desenvolvemos começa antes do projeto, segue durante e permanece depois”, afirma Simone. 

Além do bairro 17 de Março, os cursos da contrapartida pelas obras financiadas pelo BID também são ofertados no bairro vizinho, o Santa Maria. Conforme a diretora de Gestão Social da Habitação da Assistência Social de Aracaju, Rosária Rabelo, iniciativas como essa do festival servem para quebrar o estigma de “comunidades problemáticas”. 

“Toda a liberação de financiamento exige que exista compensações para as famílias afetadas com a execução das obras. No que diz respeito ao Santa Maria e ao 17 de Março estão sendo instalados alguns equipamentos, como a maternidade, praças, entre elas seis que serão voltadas para a primeira infância. Neste caso, o trabalho social tem por finalidade atuar juntos a essas famílias a questão da preservação desses equipamentos que são patrimônios da própria comunidade, que as famílias irão usufruir, portanto, precisamos despertar nessas famílias esse sentimento de pertencimento. Além disso, ações como o festival mostram o que essas comunidades são capazes de ofertar de positivo à cidade”, reforça Rosária. 

A coordenadora do Projeto de Trabalho Social (PTS) do Programa de Requalificação Urbana Construindo para o Futuro, Renata Gois, salienta que os cursos que resultaram nas apresentações do festival foram desenvolvidos ao longo de um ano e quatro meses e envolveram uma gama de setores.

“Fizemos um levantamento na comunidade daqueles que queriam participar do festival para oportunizar aquilo que sabem desenvolver e, como no caso das barracas gastronômicas e de artesanatos, uma fonte de renda extra. Nossa ideia é expandir. Teremos mais um evento, só que mais voltado à área de saúde, e, também, outro festival, no Santa Maria, onde estão outras obras do Programa”, pontua. 

Artista local do Rap, Kauane Feitosa participou das oficinas e integrou o Serviço de Convivência do Cras do 17 de Março. Foi neste local que ela se inspirou a ingressar na música. 

“Comecei em 2017 e, quando fiz 18 anos, saí do Serviço, mas, como sempre gostei e me senti bem, quis me desenvolver mais no Rap. Esse festival foi uma oportunidade de mostrar o que posso fazer e, acredito, terei ainda mais vontade de continuar”, revela Kauane que também integra o grupo de percussão Lateiros. 

Moradora da comunidade, Iva Mayara é assistida pelo Cras e faz parte da Comissão de Apoio às Praças. Para ela, é gratificante ver a evolução do 17 de Março. “Anos atrás, vivíamos numa situação muito difícil e de vulnerabilidade. Hoje, podemos viver com dignidade com as diversas obras que estão sendo feitas pela Prefeitura. Tenho uma filha de 15 anos e outra de 6 e, para mim, é ainda mais significativo porque estou vendo elas crescerem em condições boas, com muitos espaços de lazer, além da educação e saúde que temos, hoje, à disposição”, relata Iva. 

A Guarda Municipal de Aracaju (GMA), além de garantir a segurança da comunidade, contribuiu com o teatro de fantoches Anjos Azuis.