Prefeitura de Aracaju reforça as ações de combate à mortalidade infantil

Saúde
20/04/2022 16h01

A taxa de mortalidade infantil é um importante indicador social por estar atrelado às situações de desnutrição, doenças e à pobreza, que atinge, principalmente, parcelas mais vulneráveis da população. Neste sentido, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), desenvolve diversas ações estratégias para a constante  melhoria nos índices.

Em 2020, foram registrados 138 óbitos em menores de um ano de idade. Já no ano passado, foram 122 óbitos, e até o mês de fevereiro deste ano, 18 óbitos.

“Então, por conta da necessidade de melhorarmos nosso indicador, que significa proteção para a comunidade, estamos fazendo um trabalho de busca ativa das crianças com vacinas atrasadas, capacitando os profissionais das Unidades Básicas de Saúde com o tema puericultura; atualizando os trabalhadores sobre a triagem neonatal e o teste do pezinho”, explica a médica pediátrica da SMS, Soraya Moura.

Ações estratégicas
De acordo com a referência técnica do Programa Saúde da Criança, Cerisa Bonfim, a partir dos indicadores, com os números de mortalidade infantil, consulta de pré-natal e de crianças que nasceram com baixo peso, a equipe consegue identificar quais os bairros de Aracaju onde existe maior vulnerabilidade. Dessa forma, o município poderá planejar um trabalho mais intenso com essa população, garantindo assim um dos princípios do SUS, que é a equidade.

“Os cinco bairros que mais tiveram óbitos infantis em 2021 na capital foram Santos Dumont, Cidade Nova, São Conrado, Jabotiana e Olaria, por isso começamos pela população que realmente necessita mais e colocamos em prática tudo aquilo que foi pactuado, como uma estratégia que visa diminuir a mortalidade neonatal e qualificar o atendimento ao recém-nascido. As taxas de mortalidade infantil estão muito associadas ao pré-natal ou falta dele, portanto, o nosso foco passou primeiro, por conscientizar a população sobre a necessidade das gestantes terem o devido acompanhamento pré-natal. Com os estes indicadores, pudemos trabalhar nossas estratégias de ação”, enfatiza. 

Linha de cuidado
Ainda segundo Cerisa Ribeiro, a equipe da SMS trabalhou na reconstrução da linha de cuidado materno-infantil, que serve para padronizar fluxos de trabalho e prevenir riscos na gestação, melhorar a condição de saúde do bebê e reduzir complicações no parto, no puerpério e de mortalidade materno-infantil.

“Realizamos algumas capacitações com os profissionais para fortalecer o cuidado na Rede de Atenção Primária, ampliando a promoção da saúde à mãe e à criança, com corresponsabilidade dos profissionais, família e sociedade. Abordamos questões relacionadas aos cuidados com a criança de risco, com foco na diminuição da mortalidade infantil. Tudo isso, faz parte das políticas públicas desenvolvidas na área da saúde, incluindo o atendimento humanizado e individualizado às gestantes e às crianças, com profissionais capacitados”, reforça a referência técnica.