A atração que abriu a noite foi Ararão do Nordeste, que tem 72 anos, sendo 50 dedicados à sanfona. "Desde o início me apresento no Forró Caju. O primeiro foi em 1989,quando ainda era na praça Fausto Cardoso. É ótimo voltar aos palcos depois deste período que todos estavam em casa, prisioneiros", relembrou Ararão.
A segunda apresentação a encantar o público foi a quadrilha junina Unidos em Asa Branca. Com o lindo enredo intitulado "O que de valioso trago em mim", a apresentação deixou Wendel Som de Criação, de 39 anos, maravilhado. “Há 13 anos não vivencio as festas juninas porque estou sempre viajando. A quadrilha junina foi um espetáculo, tudo muito bom", disse.
O presidente quadrilha Unidos em Asa Branca, Marcos Borges, de 48 anos, se mostrou satisfeito com a volta das apresentações e dos espetáculos que a quadrilha junina tem proporcionado aos que assistem.
“O enredo fala não somente sobre o hiato dos festejos juninos que não foram efetivamente comemorados, mas também das perdas, das dores que atingiu todas as pessoas. Poder acreditar nesta retomada, nesta força que são os festejos juninos, que representa parte da cultura popular, da cultura nordestina, que representa a própria identidade do aracajuano, do povo brasileiro. Então, é um momento de comemorar, de estar de voltar e trazer alegria e esperança para todos", destacou Marcos.
A terceira atração que animou o palco Gerson Filho foi o Trio Piauí, que movimentou a todos com um autêntico forró pé de serra. O fundador da banda, “seu Piauí”, como é chamado, de 76 anos, demonstrou seu contentamento em poder estar presencialmente, no palcos do Forró Caju. “A gente não tem palavra para expressar a felicidade que é estar de volta, pois no apresentamos desde 2009 no Forró Caju, temos 26 anos de estrada e sentimos falta", ressaltou.
Quem continuou alegrando a todos no palco Gerson FIlho foi Valtinho do Acordeon, de 67 anos. Com 57 anos de carreira, o músico falou sobre a saudade que estava dos palcos.
“Esse tempo que passei parado é como se tivesse perdido a pessoa amada, que viajou, mas só agora retornou. Me apresento no Forró Caju desde o começo. O palco Gerson Filho é um palco bom, popular, então é ótimo retornar", comemorou.
A conhecida banda Naurêa fez a plateia dançar, pular e cantar com o seu forró. O vocalista, Márcio de Dona Litinha, de 51 anos, fez questão de exaltar a festa junina, e de poder tocar no dia de São João.
“São João é uma festa que tem música, tem uma cultura, uma roupa, uma comida, é uma festa muito completa. As pessoas querem viver esta época, há várias fogueiras pela rua. São João é porta de casa, é família. As pessoas desejam isso, reconhecem o forró como algo muito intrínseco", frisou Márcio.
Para fechar a noite de apresentações no palco Gerson Filho, o Forró dos Vips divertiu os presentes. Vocalista da banda, Cris Fernandes agradeceu por poder retornar ao palco do Forró Caju.
“Ficamos dois anos sem fazer o que amamos, então voltar é uma felicidade tremenda, ainda mais no palco do Forró Caju, onde já gravamos um DVD. Muito bom essa troca de energia com o público, em vê-los dançando e curtindo", comemorou.
Programação
O Forró Caju 2022 segue até o dia 29 e conta com mais de 60 atrações, entre artistas locais e nacionais. O dia 25 contará com as apresentações, no palco Gerson Filho, do trio pé de serra Cobra Verde, da quadrilha junina Xodó da Vila, Trio Itapoã, Sena, Chiquinho Além Mar e Forró 10.
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