Estatuto do Idoso é debatido no Cras Pedro Averan, no Bairro Industrial

“Conhecendo os meus direitos”. Foi com essa proposta que o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Pedro Averan, unidade da Prefeitura de Aracaju, gerenciada pela Secretaria Municipal da Assistência Social, situado no Bairro Industrial, promoveu, na tarde desta quarta-feira, 20, uma roda de conversa com idosos, usuários do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), sobre o Estatuto do Idoso.

De acordo com a coordenadora do equipamento da Proteção Social Básica, Telma Maynart, a atividade socioeducativa faz parte de uma série de ações desenvolvidas ao longo do ano, com o intuito de levar informação aos assistidos sobre seus direitos, enquanto pessoas idosas, e prevenir possíveis violações de direitos.

“Mensalmente, trabalhamos com temáticas propostas pelas equipes técnicas que identificam a necessidade de abordar um assunto com mais profundidade durante um atendimento ou quando eles mesmos nos solicitam. É um momento importante para os idosos se apropriarem dos seus direitos porque todos nós somos sujeitos de direitos que, por vezes, não sabemos quais são, e, hoje, tivemos a oportunidade de divulgar o estatuto junto aos nossos usuários”, destaca Telma.

No mês passado, esses idosos do grupo identificados por “As Cirandeiras”, também participaram de outro encontro na unidade, desta vez, para discutir sobre violência contra a pessoa idosa, que contou com o apoio dos profissionais do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) São João de Deus. A próxima atividade prevista será um passeio lúdico em celebração ao Dia dos Avós, comemorado em 26 de julho.

O Estatuto do Idoso foi regulado em 1º de outubro de 2003, por meio da Lei Nº 10.741, que assegura às pessoas idosas com idade igual ou superior a 60 anos, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

O presidente do Conselho Estadual dos Direitos e Proteção da Pessoa Idosa de Sergipe (Cedipi), Manuel Durval Andrade Neto, foi o profissional convidado para ministrar a palestra. Segundo ele, em todo o ano de 2021, mais de 9,5 mil denúncias de violência contra a pessoa idosa foram registradas por meio do disque 100, no país. 

“Não é a primeira vez que estive nesse Cras. Recebi o convite da coordenadora Telma e eu não perco a oportunidade para falar sobre a política do idoso porque é uma política vital para a sociedade que se avizinha. O mundo está envelhecendo. Estamos caminhando para uma sociedade que terá uma quantidade maior de velhos do que crianças de 0 a 15 anos de idade. Muitas dessas violências não são registradas. Todos precisam ser resgatados e tratados com eficiência e respeito devido”, salienta Manuel.

Aposentada, Maria do Socorro tem 71 anos de idade e é usuária do Cras Pedro Averan desde que o equipamento socioassistencial foi instalado em seu bairro. Ela achou importante abordar sobre o assunto. 

“Hoje em dia, vemos tantas violações de direitos que precisamos estar atentos. Foi maravilhoso. Vou levar essas informações para a minha vida”, afirma Maria.

Moradora do bairro Industrial, dona de casa Janete Gomes, também de 71 anos, é usuária assídua e faz questão de participar das atividades desenvolvidas no Cras. 

“No Cras, nós dançamos, fazemos passeios e participamos de palestras. Achei muito importante falar sobre isso para que conhecêssemos sobre os nossos direitos. Não somos respeitados em filas, nos ônibus; se antes eu não conhecia, agora estou sabendo mais”, conta Janete.