Autismo pauta semana de sensibilização realizada pela Emei Ana Luiza Mesquita Rocha

Educação
28/03/2023 16h39

Diante do aumento da demanda, nas escolas municipais de Aracaju, de crianças com algum grau do Transtorno do Espectro Autista (TEA), a equipe da Emei Ana Luiza Mesquita Rocha, no bairro José Conrado de Araújo, realiza a Semana da Sensibilização sobre o Autismo, uma iniciativa que busca mobilizar toda a comunidade sobre esse tema, discutindo de maneira ampla e acessível em todas as esferas do âmbito escolar. 

De acordo com a coordenadora pedagógica da unidade escolar, Denise de Melo, a ação é realizada em alusão ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo - 2 de abril -, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e amparada no Brasil pela lei 13.652, de 2018, para conscientizar a sociedade sobre as características das pessoas diagnosticadas e normalizar a neurodiversidade, ou seja, o reconhecimento de que o funcionamento cerebral de algumas pessoas é diferente do considerado típico. 

“Nós percebemos que há uma dificuldade dos pais não somente em receber o diagnóstico, mas em como lidar com a criança. Então, essa programação é para acolher os responsáveis pelas crianças com TEA, mas também para dialogar com a comunidade escolar sobre o tema, buscando conscientizar as pessoas sobre a importância de falar e lidar com o autismo”, explica a coordenadora. 

Programação
A programação teve início nesta terça-feira, 28, com uma roda de conversa com pais e mães de estudantes da sala de recursos. Ketylin Eduarda, mãe de uma das alunas da escola, relatou sobre a importância de participar de momentos como a Semana de Sensibilização. 

“Eu não sei se a minha filha é autista, mas é preciso que a gente participe para saber o que é o autismo, como lidar com a situação, independente se é seu filho ou não, isso faz parte da nossa sociedade, a gente precisa conhecer”, disse. 

Para Clésia Mendes, mãe de uma criança diagnosticada com TEA, a iniciativa da Prefeitura de Aracaju em abordar o tema é algo a ser comemorado. “Não importa o grau de autismo do seu filho, só sabe quem passa. São olhares que julgam, principalmente por não ser uma deficiência visível e a falta de informação leva ao preconceito. Por isso, a prefeitura está de parabéns por estar cada vez mais buscando abranger o tema, levando a sério e vestindo a camisa. Para uma mãe, não há dinheiro no mundo que pague ver a sua filha sendo bem cuidada por profissionais sensíveis e especializados e que buscam melhorar cada vez mais”, destaca.  

Nos próximos dias, a escola ainda realizará a apresentação de um curta-metragem sobre o tema, roda de conversa com as crianças, palestra para toda a comunidade e, no dia 31, sexta-feira, o momento de autoestima para as mães das crianças matriculadas na sala de recursos.