Gestantes contam com assistência do teste de gravidez ao parto na rede municipal de Aracaju

Agência Aracaju de Notícias
18/04/2023 19h00

A gravidez é um momento de mudanças, dúvidas, inseguranças e processos que, muitas vezes, mesmo romantizados, são desafiadores para as mulheres. Conhecer o fluxo de atendimento e cuidado é um dos fatores essenciais para a garantia de um período gestacional mais tranquilo. Em Aracaju, esse fluxo inicia nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e segue até dias após o parto, tratamento alinhado em diversas frentes e que envolve um conjunto de profissionais. 

Assim como saber onde vai dar à luz, atitude importante dentro do processo, entender por onde começa o fluxo é o caminho para fazer com que tanto a mãe quanto o bebê se desenvolvam com saúde e que, a qualquer situação incomum, saiba onde e a quem recorrer, e isso começa pelo teste, como destaca a coordenadora do Programa Saúde da Mulher, Léa Matos. 

“A qualquer desconfiança de gravidez, a mulher pode recorrer à UBS mais próxima de sua residência onde vai ter acesso ao teste rápido de gravidez, todas as unidades dispõem desse teste. Havendo a confirmação, ela será agendada para a consulta mais próxima que estiver disponível, seja com médico, enfermeiro ou mesmo dentista, sendo que, neste último caso é indicado, pois, caso haja algum processo de infecção na região bucal também pode ser fator de preocupação na gestação. Nessa primeira consulta, são verificados os sinais vitais, peso e indicados os exames laboratoriais necessários para a avaliação da mulher ou de algum processo, como alguma doença que possa causar algum problema e ela ou ao bebê, no decorrer da gravidez, são os exames do pacote Mamãe Coruja”, detalha Léa. 

A depender da demanda após os primeiros exames, a gestante é encaminhada para os profissionais necessários para o acompanhamento da gravidez, numa atenção integral da mulher e do bebê. 

“A paciente é acolhida por uma equipe multidisciplinar. O médico faz a estratificação de risco, que nada mais é do que a classificação de risco. Se ela for de baixo risco ou risco intermediário, a mulher faz o pré-natal na UBS, no caso, na Atenção Primária. Caso seja de alto risco, a paciente será encaminhada para ao Caasm [Centro de Acolhimento e Atenção à Saúde da Mulher], e, assim, será acompanha nesse Centro, que fica no Cemar Siqueira Campos, e também na Atenção Primária. O ideal é que a gestante compareça para iniciar o pré-natal antes da 12ª semana de gestação e ela precisa ter, no mínimo, seis consultas de pré-natal durante a gravidez. Ao longo desse processo, a mulher realiza, ainda, exames de sífilis e HIV, já que, podemos cortar a transmissão da mulher para o bebê, fazendo o tratamento indicado”, complementa. 

A coordenadora ressalta que, sendo uma gravidez de baixo risco ou risco intermediário, a gestante pode ser encaminhada, no momento do parto, para a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes ou, a partir da próxima segunda-feira, 17, com a inauguração, também para a Maternidade Municipal Lourdes Nogueira. Se for de alto risco, a paciente será encaminhada para a Maternidade Santa Izabel. 

“Durante toda a gravidez, a mulher recebe orientações sobre alimentação saudável, atividade física, sono, atualização do cartão vacinal, possíveis doenças que pode ser acometida, entre outros pontos. Após o nascimento do bebê, na própria maternidade, ele recebe as vacinas necessárias e a mãe é orientada sobre aleitamento materno. Até o sétimo dia do nascimento, a orientação é que a equipe de saúde faça uma visita domiciliar para que, tanto a mulher quanto o bebê recém-nascido sejam avaliados”, pontua Léa. 

Em todos os processos, da porta de entrada da UBS ao parto, o tratamento precisa e deve ser o mais humanizado possível. 

“Durante a gravidez, a mulher passa por muitas questões. No Brasil, temos muitos relatos de violência obstétrica esse é um ponto que trabalhamos para que não aconteça. É um momento único da mulher e, ainda, de fragilidade, quando a mulher vai precisar cuidar de outro ser, mas também se cuidar. Não são situações simples, por isso, o foco é olhar essa mulher de maneira integral e humana, sensível, para ofertar o cuidado devido nessa fase tão delicada”, enfatiza a coordenadora.