Mercados vendem delícias da culinária sergipana

Agência Aracaju de Notícias
30/07/2010 15h48

Por Najara Lima

A rica culinária nordestina é, sem sobra de dúvida, o ponto forte dos restaurantes localizados nos mercados Albano Franco, Augusto Franco e Thales Ferraz. Quem visita a cidade, ou mesmo quem reside aqui, sempre vai ao local para se deliciar com essas iguarias. No cardápio as opções são fartas e variadas, saltam aos olhos, matam a fome e fazem muito bem para o bolso.

Pirão de capão, churrasco, bacalhau e carne do sol estão na lista dos pratos mais vendidos nos mercados. Mas há também aqueles mais exóticos, como o pirão de jabá, que pode ser encontrado no Bar e Restaurante Recanto do Agresteiro, de propriedade do forrozeiro sergipano Zé Américo de Campo do Brito. A iguaria se diferencia dos pirões comuns porque não leva farinha, é feito apenas com arroz, batata inglesa, charque e temperos picantes.

Outra refeição bastante pedida tanto por aracajuanos quanto pelos turistas é o arribação. "É um prato feito com feijão de corda cozido e refogado com arroz. O arribação é uma iguaria alagoana que eu trouxe para Sergipe há 27 anos", afirma Zé Américo. Ele conta também que a rabada light, cujos ingredientes são antes fervidos com limão, alecrim, vinagre e sal, é outra guloseima bastante apreciada.

"Nos mercados de Aracaju tem tudo o que encontramos em outros lugares do Brasil. Viajei o país inteiro tocando e nunca encontrei um mercado que ofereça uma variedade de produtos como o daqui", revela o artista, que comercializa pratos para o almoço que custam entre R$ 10 e R$ 20 e servem duas pessoas.

Variedade

Camarão de cueca, carneiro de pífano, caçarola de frutos do mar, galinha de mulher parida. Esses são alguns dos nomes inusitados dos pratos servidos no Caçarola, um dos restaurantes localizados no pavimento superior do mercado Antônio Franco. O camarão de cueca, um dos pratos mais pedidos no local, acompanha, arroz, pirão, vinagrete e farofa.

O restaurante, decorado com um estilo que remete à cultura nordestina, serve pratos tanto a la carte quanto no sistema de buffet e recebeu recentemente o Selo de Qualidade em Serviços para Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares. A proprietária do Caçarola, Meg Lavigne, conta que no local também são servidos diversos caldos, como o de camarão, sururu e feijão, além de sobremesas especiais, como a Moça Virgem, que leva sorvete, tapioca e calda de banana com canela.

Café da manhã

Para quem está em busca de uma refeição reforçada para começar o dia, uma boa opção é o café da manhã servido em diversos bares localizados nos mercados centrais da capital sergipana. Entre as opções oferecidas, as comidas regionais marcam presença.

Inhame, macaxeira, cuscuz, beiju de tapioca, carne do sol, carneiro cozido, galinha de capoeira, peixe assado e queijo coalho são figuras carimbadas na primeira refeição do sergipano, principalmente depois de uma noite de festa. Entre os sucos, os campeões de pedidos são os preparados com frutas tropicais, como mangaba, caju, jenipapo, maracujá e manga.

Da fazenda

A lembrança da casa da vovó ou da fazenda logo vem à mente para quem passeia pela área dos mercados centrais aracajuanos. Por todo lado, se vê uma grande variedade de alimentos tipicamente nordestinos, como castanha, amendoim, licores, doces, massas de puba e tapioca, beiju, pé-de-moleque, saroio e queijos.

No Laticínios Irmãos Santos, comércio que ocupa um dos boxes do mercado Thales Ferraz, são comercializados diversos produtos ‘da fazenda', como queijo coalho com diversos temperos, como orégano, cebola desidratada, tomate seco e pimenta calabresa. Além disso, vende-se no local castanhas doces e salgadas, manteiga, requeijão, biscoitos caseiros, compotas de caju e banana.

"O turista gosta muito de todos os nossos produtos, mas a castanha, que vem de Itabaiana, é, sem dúvida, a iguaria mais procurada. Mas o queijo coalho vindo de Glória também é bastante vendido", ressalta Erílio Cruz, proprietário do comércio. Há 20 anos no mercado, ele conta que o melhor período para os comerciantes dos mercados centrais é o final do ano. "Os meses de dezembro e janeiro, quando muitas pessoas estão de férias, são sempre muito bons para a gente, porque o fluxo de turistas é ainda mais intenso", destaca ele.

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