Edvaldo participa de evento com presidenta Dilma

Agência Aracaju de Notícias
21/02/2011 17h00

O corte orçamentário de R$ 50 bilhões para 2011, anunciado pela presidenta Dilma Roussef no início do mês, não afetará os investimentos iniciados na região Nordeste. A presidenta garantiu a continuidade das ações socioeconômicas já previstas para a região no XII Fórum de Governadores do Nordeste, nesta segunda-feira, dia 21.

O evento ocorreu no município da Barra dos Coqueiros e contou com a participação do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, e do governador de Sergipe, Marcelo Déda, além de outros 10 chefes de Estado - quase todos da região Nordeste, com exceção do governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia. A solenidade foi abertra com a apresentação da Osquestra Sanfônica de Aracaju, que tocou Asa Branca.

Como já era esperado por todos, a presidenta Dilma apresentou um panorama positivo a respeito do desenvolvimento dos estados nordestinos, deixando claro que a região em questão pouco sofrerá com o temido corte de gastos, anunciado com o objetivo de conter a inflação. Segundo a presidenta, é preciso que a região continue crescendo com índices acima do nível nacional, como já vinha acontecendo.

"Não haverá cortes de investimentos nos projetos previstos para o Nordeste e nas obras já iniciadas. O que temos são estratégias traçadas em torno do desenvolvimento social aliado à erradicação das desigualdades. O apoio aos grandes investimentos privados deu certo no governo passado e por isso vamos repetir com mais força, estimulando o empreendimento nordestino. Daremos suporte aos Arranjos Produtivos Locais [APLs] e vamos superar a guerra fiscal para encontrar uma forma melhor de atrair investimentos, além de continuar concedendo incentivos fiscais", afirmou Dilma.

Continuidade

Além de destacar os incentivos a diversas parcerias, tanto no âmbito público como no privado, Dilma também ressaltou que sua gestão dará continuidade aos investimentos já iniciados na região. "Além do PAC Nordeste, terão prosseguimento os projetos de interligação das bacias transnordestinas e as obras de construção e reparos de rodovias, ferrovias e portos. Ao todo, serão investidos R$ 120,4 bilhões para a região. Deste montante, R$ 64,5 bilhões serão direcionados aos projetos que já estão em andamento até 2014", disse Dilma.

"Somente o PAC 2 receberá um investimento de R$ 55,5 bilhões, enquanto as cidades-sede da Copa do Mundo - Fortaleza, Natal, Recife e Salvador - receberão ações específicas de infraestrutura e desenvolvimento urbano. Obras básicas e necessárias como a construção de creches e pré-escolas, praças do PAC, coberturas de quadras nas escolas públicas, Unidades Básicas de Saúde, pavimentação, saneamento e outras obras de desenvolvimento social e urbano serão erguidas sob o orçamento de R$ 6,7 bilhões", complementou a presidenta.

Desafio

Em seu discurso, o governador Marcelo Déda destacou a realização do fórum como uma grande oportunidade para destacar a solidariedade entre os estados do Nordeste em prol dos interesses legítimos da região. "O objetivo desse evento é erguer um Nordeste forte e desenvolvido social e economicamente. E essa reunião de hoje é uma demonstração de maturidade política das lideranças de nossa região", afirmou o governador.

Para Déda, reivindicar investimentos para a região é o único caminho rumo à consolidação do desenvolvimento. O governador destacou o crescimento econômico e social de Sergipe como prova de que os recursos já destinados ao Estado vinham apresentando resultados. "Nos últimos quatro anos, Sergipe tem dado um salto rumo à qualidade de vida. Temos o melhor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH] de toda a região Nordeste, só para citar um exemplo. Por isso, vamos seguir lutando para não perder esse momento tão rico da nossa história", complementou Déda.

Erradicação da miséria

A presidenta Dilma destacou que a erradicação da pobreza no Brasil passa primeiro pelas ações desenvolvidas na região Nordeste. Por isso, ações específicas estão sendo destinadas aos estados em questão. A integração entre as bacias hidrográficas, segundo ela, representam apenas uma parte dos investimentos em recursos hídricos que pretendemos implementar.

"Também avançaremos na construção de barragens, açudes médios e nas cisternas. O acesso universal à água é definido com clareza em nosso projeto de desenvolvimento", disse a presidenta. Além disso, Dilma também afirmou que a área irrigada na região será expandida, recuperando os perímetros já existentes.

Já para a área de educação, componente essencial em qualquer política pública que visa o combate à pobreza, Dilma enfatizou investimentos maciços. "Estamos perseguindo metas agressivas no tocante à formação dos professores. Além disso, construiremos 72 novos pólos de Universidades Abertas do Brasil [UAB], o que permite uma interiorização maior e mais rápida. O ensino técnico também será priorizado com a construção de 28 escolas técnicas e o ensino universitário receberá três novos campi", disse Dilma.