Dedicação, companheirismo e muita mão na massa. Estes foram os ingredientes essenciais para que vinte alunas concluíssem o curso livre de Culinária, encerrado na última semana e que ocorreu na Casa da Doméstica Dom José Vicente Távora, no Centro de Aracaju. Os cursos livres fazem parte das ações da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat) e visam capacitar os aracajuanos para atividades geradoras de renda.
A diretora de Formação Profissional da Fundat, Maria do Socorro Melo, esteve presente no encerramento e ressaltou o compromisso da Fundação em inserir o cidadão no mercado de trabalho. Além disso, através da apresentação dos serviços da Agência do Trabalhador, a diretora incentivou as alunas a investirem em uma carreira empreendedora. "Nosso papel é fazer com que a sociedade aracajuana seja beneficiada", enfatiza Socorro.
Culinária trivial e variada
Neste curso as alunas aprenderam a culinária do tipo trivial avançado, ou seja, pratos comuns nos serviços de hotelaria, restaurantes e que estão presentes no cotidiano. Durante as aulas, também foram feitas decorações com frutas, entradas, além de alguns pratos diferenciados e inovadores - como a "entradinha de pão de forma recheada", a "coxinha sem massa", o "cachorro quente italiano" e a "batata espanhola Rosty".
Para o instrutor do curso, Renan Brito, três aspectos são importantes para se trabalhar com a culinária: rapidez, qualidade e aparência do prato. Ele também estimula as meninas a seguirem cozinhando. "Só faz cozinha quem gosta de cozinhar, tem que amar mesmo", diz Renan.
Aprendizado e pretensões
Há mais de um mês a aluna Lidiane Correia está desempregada. Satisfeita com o curso de Culinária, Lidiane sonha em abrir uma lanchonete, porém, não descarta as possibilidades de emprego em restaurantes. "Espero que venha mais cursos para eu não ficar parada", conta Lidiane.
A aluna Natiely Vieira, de 18 anos, cozinhava somente o básico. A partir do curso, suas opções de cardápio aumentaram. "Estou muito feliz, aprendi algumas coisas como a batata Rosty, a entrada do pão de forma, peixe e a coxinha", relata Natiely. Já para Brasinalva Ramos, a vontade mesmo era de aprender a cozinhar pratos diversificados para a família e ela conseguiu. "Quem tem muitos filhos tem que cozinhar", afirma Brasinalva.
Há muito tempo Maria de Lourdes Vieira queria fazer um curso de Culinária, pois não sabia cozinhar muito bem. Agora que aprendeu várias técnicas da culinária trivial, ela arranca elogios do filho e almeja trabalhar vendendo quentinhas em Japaratuba, cidade onde mora. "Estou preparada, o curso ajudou a me aprimorar", explica a aluna.
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