Na manhã da última quarta-feira, 29, a Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social de Aracaju (Semfas) deu início ao processo de assinatura do requerimento a fim de conceder auxílio-moradia para as 164 famílias que ocupam o antigo Edifício Casarão do Parque, localizado na Praça Olímpio Campos, centro da capital.
Segundo a diretora de habitação da Semfas, Virgínia Rabelo, as famílias vão receber o auxílio-moradia de trezentos reais, conforme a Lei Municipal nº 3.873/2010 que dispõe sobre a instituição do benefício transitório e dá outras providências. "Estamos cumprindo uma determinação de uma Ação Civil Pública movida pela Defensoria Pública de Sergipe, onde foi feito um cadastro das pessoas que ocupam o Casarão que é uma propriedade particular. Esta semana os beneficiários estão assinando um requerimento para a concessão do auxílio", enfatiza Rabelo.
As convocações seguem até esta quinta, 30, na sala de reuniões do Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos, nos turnos manhã e tarde. A partir da assinatura do requerimento, os beneficiários devem procurar imóveis para alugar dentro do município de Aracaju, negociar valores, fazer contrato de locação e procurar o Centro de Referência em Assistência Social mais próximo para receber as demais orientações.
Além de comprovarem as condições que deram origem ao benefício, os beneficiários irão receber visita de técnico na sua residência e deverão comprovar o pagamento do aluguel com recibo, a fim de garantirem a aplicação correta dos recursos utilizados pelas pessoas ou famílias beneficiárias.
Nova moradia
A diarista Danúbia França de Souza, uma das beneficiárias, afirma que, a partir de agora, poderá organizar a vida. "Agora, eu estou feliz, porque tenho cinco filhos e eu e meu marido estamos desempregados. Isso era uma preocupação muito grande de não ter um teto para colocar os nossos meninos", comenta Danúbia.
Já o beneficiário Antônio Araújo da Silva, que paga aluguel há mais de 30 anos, diz que este é o momento de dormir tranqüilo. "Vou ter esse benefício para pagar o aluguel e não vou mais viver com medo de ser despejado", revela.
