A Escola de Artes Valdice Teles, unidade da Fundação Municipal de Cultura (FUNCAJU), está com inscrições abertas para as oficinas de Bandolim e Cavaquinho. As inscrições podem ser feitas na sede da Valdice Teles até o dia 30 de janeiro. As aulas iniciam em 23 de fevereiro.
A Valdice Teles oferta pela primeira vez o curso de Bandolim, instrumento de cordas criado no século XVI e que compreende a afinação do violino. "Nós percebemos que na formação de um grupo de chorinho sempre ficava faltando o fator bandolim. A escola só teve a ganhar quando colocamos a oficina de bandolim, porque é dado por um profissional que favorece o aluno na prática. Não é só vir aqui na escola ter aula e ir embora, nós vamos favorecer a ele porque o professor já está envolvido no cenário sergipano, então o benefício para o estudante de bandolim, essa nova oficina, é que ele não vai ficar sem norte", enfatizou Eugênio Eneas, músico e diretor da Valdice Teles.
Além da oficina de Bandolim, a Escola de Artes está oferecendo também o curso de Cavaquinho que estava extinto na unidade há sete anos. "O curso de cavaquinho já estava sem ser ministrado há mais de cinco anos, pela falta de professor. Foi quando veio o convite ao professor Bruno Leonel, cavaquinista e bandolinista", destacou o diretor da Valdice Teles.
Bruno Leonel é bandolinista, cavaquinista e violinista, e irá ministrar os cursos de bandolim e cavaquinho. Além disso, o músico é coordenador do curso de música da Escola de Artes Valdice Teles. Bruno é bandolinista há cerca de 10 anos, sendo um profissional reconhecido no Estado.
"O bandolim é um instrumento mais para solos pela estrutura, pela forma da afinação. Por isso ele é muito evidente no chorinho, porque o chorinho a melodia é no bandolim, além dele ter uma tessitura muito grande. Já o cavaquinho é um instrumento de base porque ele é como se fosse um violão de quatro cordas, mas que tem duas notas que tem o mesmo nome que é RÉ na primeira e na ultima. Ele é utilizado mais pra fazer a base", disse o bandolinista.
O diferencial do bandolim é que ele possui cordas duplas, tem bandolins de quatro cordas duplas e cinco cordas duplas, ou seja, instrumentos de oito e dez cordas respectivamente. A falta de profissionais do instrumento é um dos motivos que torna o curso de bandolim mais caro. "O curso de bandolim se torna caro porque é instrumento não tão fácil de encontrar no mercado, o preço dele não é popular, são instrumentos de nível profissional e a carência de professores", explicou Bruno.