Agentes de endemias seguiram com inspeções para encontrar e eliminar focos do mosquito da dengue em casas e estabelecimentos situados no bairro Atalaia durante a manhã do sábado, 28. O mutirão reuniu cerca de 16 profissionais e aconteceu após a constatação de pesquisa sobre a infestação de dengue no Município, indicando que o bairro Atalaia está entre as localidades com maior incidência de focos do mosquito. A região preocupa as equipes de agentes de endemias que relatam estar encontrando muitos descuidos, por parte dos moradores, como quintais com pneus, lavanderias e recipientes acumulando água parada e limpa.
“Nos trabalhos de rotina que promovemos no bairro temos relatos de agentes que encontraram 11 focos do mosquito numa região que fica próxima a Unidade de Saúde. Outros agentes encontraram 13 focos do mosquito numa mesma casa”, enfatizou a supervisora de combate à dengue no bairro Atalaia, Edjeane Scarlet.
Segundo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2015, os bairros Aeroporto e Atalaia registraram índice de infestação predial de 4,0. O índice é considerado de risco.
A supervisora reforça que a principal função dos mutirões realizados tem sido eliminar focos e também educar a população para que colaborem com o combate. “Os agentes tem toda atenção de observar ricos e eliminar os criadouros dos mosquitos. Mas, a visita é feita a cada dois meses, nesse período entre a visitação e o retorno, precisamos que todos adotem os cuidados e não permitam que novos focos surjam”, afirmou.
Durante o sábado, os trabalhadores de estabelecimentos como lojas, bares, restaurantes, pousadas e hotéis colaboraram com as equipes, permitindo o acesso dos agentes aos locais. Esse é o caso de funcionário de lava jato Robson Augusto que parou alguns minutos para atender as equipes. “Achei excelente essa iniciativa. Como trabalhamos com água todos os dias temos buscado ajudar de alguma forma, cuidamos de secar os lugares, cobrir pneus em desuso. Fazemos isso para prevenir a presença o mosquito”, disse.
O comerciante Paulo Roberto dos Santos, também elogiou o mutirão. “Quando soubemos da notícia do risco de dengue ficamos todos apreensivos. Acredito que esse trabalho intensivo dos agentes ajuda para que mais pessoas busquem fazer sua parte na prevenção. Sabemos que algumas pessoas aqui fazem, mas, outros ainda não cuidam de prevenir”, revelou.
O agente de endemias Alan Jefferson foi um dos profissionais que integraram as equipes do mutirão. “Aproveitamos apara reforçar que agora o mosquito transmissor representa um risco ainda maior. Hoje o Aedes aegypti também pode vira a transmitir a Febre Chikungunya. A doença é menos perigosa com a dengue, mesmo assim pode deixar as pessoas de cama, por alguns dias”, disse, reforçando que a febre causa dores nos músculos e articulações.
Além do reforço nas inspeções de dengue em regiões de maior incidência de focos, a Saúde de Aracaju também já solicitou à Secretaria do Estado da Saúde a circulação de carros fumacê.
