Equipes da Vigilância Sanitária de Aracaju estiveram no setor de pescados do Mercado Municipal Albano Franco, no Centro da capital sergipana, e no cais de desembarque de peixes na manhã da segunda-feira, 30. A ação visou observar in loco a qualidade dos serviços prestados e repassar aos consumidores orientações necessárias para o reconhecimento de peixes e frutos do mar aptos para o consumo. Os fiscais abordaram os vendedores e também entregaram para turistas, consumidores e pessoas que transitavam pelo mercado panfletos com os principais cuidados preventivos.
Durante as inspeções muitos vendedores colaboraram abrindo as bancas e refrigeradores onde estavam acondicionados os peixes e camarões. Esse é o caso de Josiene Maria dos Santos há 30 anos trabalha com venda de pescados. “As inspeções são importantes. Na minha barraca a gente trabalha de forma cuidadosa. Usamos toucas, congelamos os peixes, lavamos a banca e as facas. Sabemos que é preciso também cobrir e proteger alguns produtos para não expor a moscas ou qualquer tipo de contaminação”, disse.
Inácio Costa também colaborou. Ele conta que há seis anos atua no Mercado Municipal. “Acredito que os cuidados com a limpeza e a qualidade do peixe servem não só para a Semana Santa como para o ano todo. O freguês merece esse respeito e produtos de primeira qualidade. Uso luva, jaleco e busco manter a mesa de cortes limpa”, relatou.
De acordo com o fiscal e técnico da Gerência de Alimentos e Serviços Veterinários da Saúde de Aracaju, Juliano Santos, “o objetivo dos trabalhos foi garantir ao consumidor acesso aos pescados sem risco de transmissão de doenças e numa condição de venda apropriada”.
“Os frescor, a temperatura de acondicionamento a integridade da embalagem são os principais pontos observados pelas equipes”, disse Juliano Santos, reforçando que os peixes devem estar mantidos sob refrigeração entre -5° e 0°C ou sob gelo em escama. No dia 26 foram aprendidos 7kg de bacalhau num supermercado situado no Centro justamente por estarem fora da temperatura ideal. Após a inspeção no mercado a Vigilância também segue fiscalizando os principais pontos de venda dos produtos entre as redes de supermercados presentes no município.
O fiscal sanitário Antônio Nilo de Almeida é também médico veterinário sanitarista e reforça que as dicas repassadas para população são de grande relevância. “As pessoas têm essa cultura de vir escolher peixes durante a Semana Santa, por isso é essencial reconhecer as condições sanitárias que cada um dos feirantes tem para oferecer e também o frescor dos produtos”, observou.
O material informativo distribuído instruiu que o mais importante ao comprar peixes ou frutos do mar é que o comprador observe a aparência, as cores e as texturas dos pescados. O consumidor deve verificar a questão do olho do peixe. Se estiver escuro e um pouco profundo é um sinal ruim, porque indica já está em um período de decomposição. As guelras dos peixes devem ser vermelhas, odor característico e os olhos brilhantes e salientes. Já os crustáceos devem ter cor própria da espécie e não apresentar cor alaranjada ou negra na carapaça.
No camarão, deve ser observada a textura, analisando alguns fatores. A casca deve ser firme e fresca e a cabeça aderente ao corpo. Os camarões cozidos devem ser firmes e brilhantes, já os crus têm que estar com a casca acinzentada. O consumidor não deve comprar camarões com manchas pretas, pois não estarão frescos.
