Na tarde desta segunda-feira, 30, o Programa Municipal de DST/Aids da Saúde de Aracaju, realizou uma capacitação para os profissionais do Projeto Redução de Danos (PRD) sobre teste rápido de HIV para fluido oral. A ação aconteceu no auditório do Centro Administrativo da Prefeitura de Aracaju e faz parte da implantação do projeto “Viva Melhor Sabendo”. A representante do Ministério da Saúde, Regina Comparini, também esteve presente para explicar como realizar corretamente o teste rápido, além disso, a representante tirou dúvidas sobre a forma de armazenamento dos testes e explicou a diferença de cada um. Foram explicados ainda aos agentes Redutores de Danos, o histórico de Aids em Sergipe e os dados epidemiológicos de Aracaju.
A coordenadora do Programa de DST/Aids de Aracaju, Débora Oliveira, enfatizou que esse teste não é realizado com uma amostra de sangue, apenas retira-se o fluido da boca. “Os testes que realizamos em Aracaju são os de punção digital, que retira a gota de sangue para fazer o teste, tanto de HIV, como de Sífilis e Hepatite. O de fluido oral é um procedimento que apenas retira o fluido da boca, entre os dentes e a gengiva. Com ele conseguimos visualizar no exame se existe anticorpo presente. Em Aracaju esse procedimento é realizado por uma ONG e agora nós conseguimos implantar disponibilizando também esse teste. O objetivo é capacitar os redutores de danos porque eles trabalham diretamente com a população-chave, que são as pessoas que mais possuem casos confirmados de HIV”, explicou.
A coordenadora ainda destacou que, caso seja confirmado o anticorpo em algum paciente, eles serão encaminhados para o Serviço de Assistência Especializada em HIV/Aids (SAE). “Nosso serviço de referência é o SAE e no Centro de Testagem e Aconcelhamento (CTA) os pacientes farão todos os exames confirmatórios e serão encaminhados para começar o tratamento. O fluido oral é um procedimento essencial, pois faz a triagem para detectar possíveis casos da doença”.
Para o coordenador do Projeto Redução, Wagner Mendonça, essa capacitação foi importante porque é mais um investimento para qualificar as ações do programa. “O PRD trabalha prioritariamente com população-chave, que são pessoas que fazem usos de drogas, profissionais do sexo, pessoas em situação de rua e homossexuais. Nosso objetivo é vincular essas pessoas com todos os serviços de saúde, sejam nas Unidades de Saúde ou nos Caps. Esse é um momento importante, pois é a primeira vez que nossa equipe está sendo idealizadora nesse tipo de exame-diagnóstico. Nós também participamos de campanha fazendo mobilização e com essa capacitação a ideia é intensificar as ações para diagnosticar a doença”, disse.
O coordenador ainda explicou que este ano o número de encaminhamentos para os serviços de saúde aumentaram. “Esse aumento não significa que existem mais usuários, mas sim que nós estamos ampliando nosso trabalho e atingindo mais pessoas. Em 2014 nós realizamos 170 encaminhamentos e este ano, durante os meses de janeiro e fevereiro, já realizamos 146. Ano passado também tivemos mais de 18 mil acessos ao programa e em dois meses de 2015 já tivemos mais de 4 mil”, ressaltou.
